Na manhã deste sábado, o secretário estadual de Saúde, Dr. Nilson Paschoa, esteve em Botucatu para participar do ato que marca o início oficial das obras de construção do Hospital Estadual de Botucatu, unidade que será administrada pela Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB), com apoio da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar (Famesp).
Paschoa esteve acompanhado do prefeito João Cury Neto; do diretor da Faculdade de Medicina de Botucatu, professor Sérgio Swain Muller; do superintendente do Hospital das Clínicas, professor Emílio Carlos Curcelli; do vice-prefeito Professor Caldas e outras autoridades. Máquinas que realizarão o trabalho de terraplanagem estavam no terreno onde será erguida a nova unidade, em área do Hospital Estadual Cantídio de Moura Campos.
Além de vistoriar as obras, o secretário fez um anúncio muito importante para Botucatu. Ele assumiu o compromisso de executar as obras da construção de uma clinica para pessoas com dependência química (drogados). Anteriormente o governo do Estado havia acenado positivamente para instalar essa clínica em um prédio que seria adquirido pela Prefeitura.
Entretanto, Paschoa anunciou que a clínica ficará em um novo prédio a ser construído em uma área do Cantídio, que pertence ao Estado. Com isso a área, além do hospital psquiátrico, terá um hospital estadual e uma clínica especializada em atendimento a pessoas dependentes químicos. O projeto dessa clínica deverá ser apresentado nos próximos dias.
Já o hospital estadual deve suprir a atual carência regional na assistência de casos de média complexidade. A previsão é que a obra esteja concluída em doze meses. Sua primeira etapa engloba trabalhos estruturais e de adaptação. Desde o final de agosto são realizadas reformas dos prédios que receberão parte dos serviços, além da cozinha e lavanderia. A terraplanagem contemplará o espaço onde serão alocados o Centro Cirúrgico, Sala de Observação, Sala de Espera, Consultórios e Raio X. Ainda não há previsão, mas o novo prédio deve começar a ser construído até o final do ano.
No atual espaço cedido pelo Cantídio, haverá readaptações estruturais para a acomodação dos oitenta leitos previstos no projeto. Também serão instalados almoxarifado, laboratórios, arquivo morto, vestiários, setor de informática e necrotério. A planta de gases será alocada em um anexo fora do espaço em reforma. Já a cozinha e lavanderia antes usadas pelo Cantídio passam por processo de reforma em suas estruturas. Serão trocados pisos, telhados, fiação elétrica e colocados sistema de ar condicionado e de exaustão.
Para que esses locais passassem pelas obras, a empreiteira responsável realizou adaptações nas dependências do hospital para o funcionamento desses serviços. Foi necessário fazer primeiro uma adaptação na área externa do Cantídio para que fossem instaladas a cozinha e lavanderias que já funcionavam, explica o engenheiro André Colino, da Engeform, empresa responsável pela execução da obra.
Todos os 10mil m² de obra serão construídos seguindo as mais atuais normas e legislações ambientais, biológicas e sanitárias. O investimento total previsto é de R$ 33.887.944 e o hospital será referência local para o atendimento secundário na saúde, desafogando assim o fluxo de demandas do Hospital das Clínicas, atualmente vinculado ? Unesp.
A expectativa do novo hospital estadual é atender 6 mil pessoas, em média, anualmente. A assistência ao usuário será em sistema de concordância entre o Hospital das Clínicas (HC) que em 2009 realizou mais de 247 mil consultas em ambulatórios e 7.800 cirurgias.Voltado ao atendimento de média complexidade, a nova unidade dará suporte ao HC ao oferecer desde cirurgias até a partos.
Fotos e vídeo: Valério A. Moretto
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