Saúde passa por capacitação sobre Doença de Chagas

Saúde
Saúde passa por capacitação sobre Doença de Chagas 01 agosto 2014

A Vigilância Ambiental em Saúde (VAS) e Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) promoveram nesta semana uma palestra sobre Doença de Chagas. Ela foi direcionada aos profissionais da Secretaria de Saúde de Botucatu.

Esta capacitação busca atualizar e preparar médicos, enfermeiros e agentes comunitários de saúde para ações educativas que venham estimular a população a identificar, junto às Unidades de Saúde, o inseto transmissor da Doença de Chagas: o barbeiro.

A intenção é envolver cada cidadão na responsabilização das condições sanitárias de sua própria casa. Assim, evitar que o vetor da doença entre em contato com o ser humano. “Apesar de não haver registros recentes da Doença de Chagas em Botucatu, estamos ampliando a busca ativa. A população precisa reconhecer o inseto, saber a forma correta de capturá-lo, além de notificar a Secretaria Municipal de Saúde”, explica Rodrigo Iais, diretor do Departamento de Planejamento de Serviços em Saúde de Botucatu.

 

Sobre a Doença

 

A doença de Chagas, também conhecida como Tripanosomíase Americana, recebeu este nome em homenagem ao médico brasileiro que a descobriu, em 1909, Carlos Chagas. É uma doença potencialmente fatal, causada por um parasita protozoário (Trypanosoma cruzi), que pode ser adquirido de diversas formas (vetorial, oral, por sangue ou derivados, vertical), mas não é transmissível diretamente entre as pessoas. A doença é encontrada principalmente na América Latina e dividida em fase aguda, que pode ser ou não sintomática e evoluir ou não para a fase crônica, anos depois. Somente a Doença de Chagas em fase aguda é de notificação compulsória.

 

O inseto transmissor

 

O vetor da doença de Chagas é o inseto triatomíneo, vulgarmente conhecido como barbeiro. Trata-se de um inseto que pode ser confundido com uma barata. Tem seis patas, corpo preto ou acinzentado e manchas vermelhas, amarelas ou alaranjadas ao redor de seu abdome, dependendo da espécie. Mede de 2 a 5 centímetros em média e usa sua “tromba” como agulha para sugar o sangue da vítima.

Ele pode se abrigar no interior das casas, embaixo de colchões, atrás de quadros, frestas e buracos das paredes. Fora das casas pode ser encontrado em galinheiros, chiqueiros, paióis, currais, ninhos de pássaros, toca de animais, cascas de árvores, mourões de cerca, montes de lenha, debaixo de pedras, entre outros.

 

Sinais e sintomas

 

Enquanto o barbeiro infectado suga o sangue, espalha também suas fezes na pele da pessoa ou animal. Ao coçar o local a pessoa se contamina. O parasito também pode penetrar nas mucosas dos olhos e da boca, por meio das fezes contaminadas.

Os primeiros sinais surgem em média 10 dias após o contágio: febre, mal estar, falta de apetite e inchaço localizado. Após um período médio de seis meses, vários órgãos do corpo (fígado, coração, baço, esôfago e intestino) podem ficar comprometidos levando a sérios problemas em suas funções.

Caso a população encontre um inseto parecido com o barbeiro deve seguir o seguinte procedimento: proteger a mão com um saco plástico sem furo e capturá-lo; inverter o saco plástico de modo a conter o barbeiro em seu interior; fechar o saco e levar o inseto até a Unidade Básica de Saúde mais próxima, VAS ou Sucen.

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