Saúde alerta meninas para a vacina contra o HPV

Saúde
Saúde alerta meninas para a vacina contra o HPV 17 novembro 2014

A Secretaria de Saúde de Botucatu continua a convocar garotas entre 11 e 13 anos de idade para comparecerem ao posto mais próximo de sua residência e, assim, receberem a segunda dose da vacina contra o HPV, protege contra o câncer de colo de útero. A campanha, incorporada pela primeira vez no calendário vacinação do Ministério da Saúde em todo o País, teve início em março deste ano e conta com apoio das escolas municipais, onde está concentrado o público alvo. 

Até o momento, 1.373 meninas receberam a segunda dose da vacina, o que representa 47% do universo de aproximadamente 2,9 mil que estão na faixa etária da campanha. Em Botucatu, 86% já haviam recebido a primeira dose da vacina. A terceira deverá ser aplicada cinco anos após a primeira dose.

A vacina contra HPV tem eficácia comprovada para proteger mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus. Hoje ela é utilizada como estratégia de saúde pública em 51 países, por meio de programas nacionais de imunização.

Estimativas indicam que, até 2013, foram distribuídas cerca de 175 milhões de doses da vacina em todo o mundo. A sua segurança é reforçada pelo Conselho Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas da Organização Mundial de Saúde (OMS).

“Vale ressaltar que a vacina não protege contra outras doenças sexualmente transmissíveis, de forma que as pessoas vacinadas devem usar preservativos nas relações sexuais”, esclarece a enfermeira Mara Silvia Carmelo, coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica (Nuve).

 

Sobre o HPV

É um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto.

Estimativa da Organização Mundial da Saúde aponta que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras da doença, sendo 32% infectadas pelos tipos 16 e 18. Em relação ao câncer de colo do útero, estimativas apontam que 270 mil mulheres, no mundo, morrem devido à doença.

Neste ano, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 15 mil novos casos e cerca de 4.800 óbitos. O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o papanicolau, anualmente. A vacina não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais.

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