Desde pequenos crescemos sabendo que comer muita “besteira” e alimentos doces aumenta o risco de desenvolver cáries nos dentes. Entrevistamos duas especialistas sobre o tema para revelar o outro lado: os alimentos que ajudam a prevenir as cáries e a conservar uma boa saúde bucal. E adiantamos que a melhor parte é que há várias opções de alimentos fáceis de encontrar nos mercados e de incluir na dieta, além de serem ricos em sabor.
“Atualmente, todos nós sabemos que a maior parte das pessoas faz ingestão de uma alimentação rica em gorduras, principalmente de origem animal, açúcares e alimentos refinados, com redução do consumo de carboidratos complexos. Esse é o principal fator para o incremento não só do sobrepeso, mas também de cáries”, aponta Eliana P. Vellozo, nutricionista, professora e doutora em Pediatria e Ciências Aplicadas à Pediatria pela Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina.
Confira na galeria abaixo alimentos que possuem esses nutrientes e enriqueça sua dieta:
Alimentos derivados do leite são uma fonte de fácil acesso de cálcio: um copo de leite integral tem 386,1mg e uma fatia de queijo minas (30g) tem 173,7mg do mineral.
Peixes, como a sardinha e a manjuba, também são ricos em cálcio: duas unidades da primeira têm 550 mg e dez da segunda somam 575 mg do mineral.
A vitamina D é fundamental para a absorção do cálcio e é encontrada nos óleos vegetais, nos ovos e nos peixes. Tomar sol também ajuda o corpo metabolizar a vitamina.
A vitamina C previne sangramentos na boca. Boas fontes de vitamina C são frutas cítricas, como a laranja, e também o tomate, a cenoura e os vegetais folhosos.
Caratenoide é o pigmento que dá a cor alaranjada ou vermelha para alguns alimentos e ajuda a prevenir o câncer de boca. Ele está na cenoura, na abóbora e no mamão.
A maçã não substitui a escovação e nem possui superpoderes contra as cáries, mas estimula a produção de saliva, o que ajuda a limpar a boca.
Outras frutas ricas em fibras e que auxiliam na remoção de resíduos alimentares são a pera, a melancia, o melão e o kiwi.
Esse padrão alimentar não supre as necessidades diárias que temos das vitaminas A, C e D, e dos minerais cálcio, fosfato, flúor e ferro. “Na falta desses micronutrientes, ocorrem aumento da susceptibilidade à cárie, defeitos na formação dentária, retardo na erupção dos dentes e alterações nas glândulas salivares”, explica Eliana.
Atenção extra
Há grupos mais vulneráveis às cáries, segundo Renata Cintra, nutricionista com atuação em saúde e bioquímica da nutrição e professora da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) de Botucatu. Os adolescentes possuem maior tendência ao consumo de açúcar e açucarados e, portanto, precisam de maior acompanhamento para que incorporem ao menos uma fonte de fibra regularmente à dieta.
As crianças podem desenvolver cáries já na fase em que começam o desmame e a introdução dos demais alimentos. Renata observa que o problema pode surgir porque os pais, erroneamente, passam a adoçar o leite de vaca e outros alimentos, como sucos e chás, na tentativa de melhorar a aceitação da criança. A chamada “síndrome de cárie de mamadeira” também é resultado de falhas na higienização bucal do pequeno.
Já as gestantes têm uma maior necessidade de cálcio em razão da formação dos ossos e dentes do feto e também por sofrerem algumas alterações nas gengivas. Enquanto os idosos, por vezes, não conseguem fazer a higienização correta e ficam mais suscetíveis a doenças bucais.
“A alimentação influencia na saúde bucal e a saúde bucal influencia na alimentação porque a pessoa não consegue se alimentar direito, e fica sem acesso a todos os nutrientes que precisa”, explica Renata.
Fonte: saudebucal.ig.com.br
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