Nesta segunda, 7, os pacientes do setor de oncologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) serão beneficiados com o projeto "Estética e Oncologia". A esteticista Vanessa Mendes Monteiro (26), estará no setor de quimioterapia do HCFMB desenvolvendo o projeto. Este trabalho propõe aliviar o estresse e elevar a autoestima dos pacientes, proporcionando assim um ambiente hospitalar mais leve e acolhedor.
Vanessa, que é esteticista há sete anos, iniciou o projeto no HCFMB há alguns meses. A ideia surgiu quando começou a fazer massagens em um idoso com câncer: "Percebi que as dores dele diminuíram, que ele se sentia melhor após as sessões. A autoestima melhorou muito. Pensei em levar esta sensação de bem-estar aos outros pacientes", diz.
As sessões serão realizadas enquanto o paciente recebe o tratamento de quimioterapia. "As reações são sempre as melhores. Eles abrem o sorriso, relaxam, desabafam. Muitos nunca receberam uma massagem", afirma Vanessa.
Para ela, o trabalho voluntário é gratificante: "Me sinto realizada". A esteticista contará com o apoio de mais quatro pessoas, além de algumas alunas do curso de Estética e Cosmetologia Avançada da Universidade Anhembi Morumbi, de São Paulo, para atender em média de 20 a 25 pacientes no dia.
Com uma equipe maior, ela acredita que conseguirá passar mais tempo ajudando cada paciente, que receberá sessões de massagem de conforto, hidratação da pele e maquiagem para as mulheres.
A realização deste projeto é apoiada pelo Hematologista Dr. Rafael Gaiolla e pela Supervisora Técnica da Seção de Quimioterapia do HCFMB, Vilma Pereira.
Vilma conta que a autoestima é um dos fatores que influem no sucesso do tratamento oncológico: "A iniciativa vem de encontro aos objetivos da equipe que trabalha diretamente no atendimento destes pacientes, agregando ações de humanização que os ajudam a suportar os momentos difíceis pelos quais estão passando", diz.
Segundo Dr. Rafael Gaiolla, esses fatores são extremamente importantes no contexto de um tratamento tão complexo como a quimioterapia. "Ações que possam somar benefício ao paciente oncológico, independentemente de sua natureza, são sempre bem-vindas. Quando lançamos mão de estratégias que proporcionam bem-estar, entretenimento, e melhoram a autoestima dos pacientes a sua relação com o tratamento e o enfrentamento da situação mudam de forma muito positiva", relata.
Gaiolla finaliza dizendo que os pacientes passam a ter um estímulo diferente, prazeroso, no contexto de uma situação desagradável que é o tratamento quimioterápico e todos os estigmas que ele carrega. "A condição emocional melhora e o enfrentamento da situação passa a ser menos doloroso. Dessa forma, a evolução do tratamento ocorre de forma mais favorável em todos os seus aspectos", conclui.
(Ass. de Imprensa do HC – 4 Toques)
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