Selante de Fibrina utiliza células-tronco para reparação e regeneração tecidual
Um projeto inovador descoberto e desenvolvido pelo Professor Rui Seabra Ferreira Junior, Pesquisador Adjunto e Diretor Científico do Parque Tecnológico, juntamente com o Professor Benedito Barraviera, ambos Pesquisadores do Centro de Estudos de Venenos e Animais Peçonhentos da UNESP (CEVAP), sobre o produto Selante de Fibrina, acaba de ser patenteado pela Unesp. Esse é um processo que dá ao inventor o direito de uso ou comercialização com exclusividade por até 20 anos.
O projeto do Selante de Fibrina tem mais de 30 anos. As pesquisas desse projeto se iniciaram em 2012, quando os cientistas descobriram que este selante, em específico, era capaz de abrigar por vários dias células-tronco e mantê-las vivas no local de aplicação.
“A terapia celular hoje limita-se a aplicar células na corrente sanguínea ou ainda injetar no local da lesão. Estas técnicas têm se mostrado ineficientes em muitos casos ou ainda pouco eficientes para outros, já que a maioria das células acaba se perdendo ou sendo eliminada pelo próprio organismo. Nosso produto é capaz de manter as células-tronco vivas no local da lesão por pelo menos 30 dias. Assim, elas podem sinalizar ao organismo que otimiza o processo de reparação e regeneração tecidual”, explica o Professor Rui Seabra.
Sobre esta pesquisa, Rui ainda continua: “Essa aplicação inova no tratamento com células-tronco convencional e pode ser utilizada tanto na medicina humana quanto na veterinária”, disse.
Esse produto já passou por ensaios clínicos de fase 2, onde foram tratados 40 pacientes com úlcera venosa crônica, tendo gerado promissores resultados. O Selante de Fibrina foi capaz de curar estas feridas que foram adquiridas durante anos, em menos de 3 meses, em diversos pacientes. “Como pesquisador do Cevap em uma Universidade Pública, fico orgulhoso pelo meu trabalho e do enorme time de colaboradores que têm participado dos estudos, muitos deles ainda em andamento. É uma forma de retornar à sociedade todo investimento feito em apoio às descobertas científicas, pois esta comunidade espera que sua qualidade de vida melhore a partir da ciência”, finalizou.
Essa patente também já foi licenciada para exploração comercial à startup R4D Biotech, criada pela Unesp, que encontra-se instalada no Parque Tecnológico de Botucatu.
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