Novo serviço ambulatorial para pacientes com ascite é implantado no HC de Botucatu

Saúde
Novo serviço ambulatorial para pacientes com ascite é implantado no HC de Botucatu 15 outubro 2020

O prédio dos ambulatórios do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) recebeu, a partir do início deste mês, um novo serviço ambulatorial para atender pacientes com ascite, popularmente conhecida como barriga d‘água, que precisam frequentemente de uma drenagem específica, chamada paracentese.

Dr. Fernando Gomes Romeiro, médico responsável pelo serviço, conta que a ideia da implantação surgiu há, pelo menos, 10 anos. “Na época, nós percebemos que a demanda por este tratamento estava aumentando no Pronto-Socorro Referenciado, onde tínhamos uma única sala para realizar todos os procedimentos, além de já estarmos trabalhando para reabrir o serviço de transplante hepático do HCFMB, reiniciado em 2011”.

O serviço atende em dois dias na semana, no prédio dos ambulatórios, recebendo pacientes que estão em acompanhamento no próprio HCFMB ou encaminhados por postos de saúde e hospitais da região. Todos os materiais necessários para a realização das paracenteses estão disponíveis.

Médicos da Gastroenterologia Clínica e Hepatologia, além de residentes, enfermeiros e técnicos de enfermagem, formam a equipe do serviço. Para Dr. Fernando, este atendimento traz diversos benefícios para o tratamento ao paciente, para a viabilização de mais transplantes de fígado e para a parte acadêmica.

O que é ascite?

A ascite é definida como o acúmulo anormal de líquidos ricos em proteínas dentro da cavidade abdominal, não sendo considerada uma doença, mas sim um sintoma de outras enfermidades, como insuficiência renal ou cardíaca.

Segundo Dr. Fernando, a maior causa da ascite é a cirrose hepática, doença em que o HCFMB é referência no tratamento e que, quando agravada, exige um tratamento mais específico. “Mais da metade dos pacientes com cirrose têm ascite em algum momento da vida. No começo, eles melhoram com o tratamento clínico, com a redução da ingestão de sal e o uso de diuréticos. Mas, infelizmente, alguns pacientes começam a ter complicações pelo uso dos diuréticos, precisando fazer a retirada do líquido semanalmente através da paracentese, e é nesse ponto que o ambulatório atua, reduzindo os atendimentos no Pronto-Socorro”.

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