12 março 2025
O primeiro caso da nova cepa mais agressiva da mpox foi confirmado em São Paulo. Saiba os sintomas, formas de transmissão e como se proteger.
A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo confirmou o primeiro caso da cepa clado 1b do vírus mpox no estado. A infecção foi detectada em uma mulher de 29 anos que teve contato com uma pessoa vinda da República Democrática do Congo (RDC), onde a nova variante tem causado surtos desde o ano passado.
O que é a nova cepa da mpox?
O vírus mpox possui diferentes variantes, sendo as principais os clados 1 e 2. O clado 1, incluindo o 1b, é mais agressivo e tem maior taxa de mortalidade, enquanto o clado 2 foi responsável pelo surto global de 2022 e apresenta sintomas mais leves.
- Clado 1b: Infecção severa, lesões cutâneas generalizadas e taxa de mortalidade de até 10%.
- Clado 2b: Infecção mais leve, lesões restritas a algumas áreas do corpo e taxa de mortalidade entre 1% e 4%.
A cepa clado 1b, recentemente identificada em São Paulo, já se espalhou por países da África Central e Oriental e agora está avançando para outros continentes devido à transmissão entre humanos e viagens internacionais.
Sintomas da nova cepa da mpox
Os sintomas variam conforme a gravidade da infecção, mas os mais comuns são: ✅ Erupções cutâneas ✅ Febre ✅ Dor de garganta ✅ Dores musculares e nas costas ✅ Fadiga intensa ✅ Gânglios linfáticos inchados
O diagnóstico da mpox é feito por meio de testes laboratoriais como o PCR, que detecta o vírus nas lesões de pele.
Como ocorre a transmissão?
A forma de contágio varia entre os clados: 🔹 O clado 1b pode ser transmitido por contato com animais infectados, interação com pessoas doentes, contato íntimo e até objetos contaminados. 🔹 O clado 2b tem maior incidência de transmissão por contato sexual, especialmente entre pessoas do mesmo sexo, segundo a OMS.
Além disso, crianças são mais vulneráveis ao clado 1b, enquanto o clado 2b raramente é detectado nesse grupo.
Prevenção e vacinação
Para reduzir o risco de infecção, especialistas recomendam: ✅ Evitar contato próximo com pessoas infectadas ✅ Não compartilhar objetos pessoais ✅ Higienizar as mãos frequentemente ✅ Limitar o número de parceiros sexuais ✅ Uso de máscara em locais de alto risco
A vacina da varíola humana oferece proteção contra a mpox, com eficácia de até 85%. No Brasil, a Anvisa aprovou o imunizante Jynneos (Imvanex/Imvamune), priorizando grupos de risco como pessoas vivendo com HIV/aids e profissionais de laboratório que lidam diretamente com o vírus.
Conclusão
Com a confirmação do primeiro caso da nova variante em São Paulo, autoridades de saúde reforçam a necessidade de vigilância epidemiológica e medidas preventivas para evitar a disseminação do vírus.
🔗 Fonte: UOL
Compartilhe esta notícia
