Foto – Divulgação/facebook
Bruno foi diagnosticado com câncer de pele em 2011 e se tratou, mas a doença voltou de forma agressiva em janeiro deste ano
“Há três métodos para ganhar sabedoria: primeiro, por reflexão, que é o mais nobre; segundo, por imitação, que é o mais fácil; e terceiro, por experiência, que é o mais amargo”. Essa era a filosofia de vida do músico botucatuense Bruno Cauã Ramos, conhecido como Bruno Kayran, que faleceu na madrugada desta sexta-feira, aos 29 anos de idade, depois de travar uma luta contra um câncer.
Em razão de sua luta contra o câncer, Bruno tinha uma página nas redes sociais, com centenas de acessos intitulada “Vamos Ajudar a Salvar a Vida Do Bruno Kayran”, elaborada por amigos que entenderam que esta seria uma maneira de ele conseguir ajuda para tratar da doença.
O drama de Bruno Kayran ganhou repercussão nacional quando sua mãe, a técnica de enfermagem Ana Rosa Natale, de 54 anos, iniciou uma greve de fome em frente ao Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP), câmpus de São Carlos, na tentativa de receber as cápsulas de fosfoetanolamina sintética, que está em fase de testes e ainda não foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Se não levar o remédio para meu filho, prefiro morrer com ele”.
Bruno foi diagnosticado com câncer de pele em 2011 e se tratou, mas a doença voltou de forma agressiva em janeiro deste ano. “Fizemos quimioterapia em Jaú, mas não adiantou, os exames apontaram treze tumores na cabeça. Acharam melhor parar o tratamento e mandaram ele para morrer em casa", disse a mãe.
Ela exibia a liminar, dada pela Justiça de São Carlos, e leu um trecho do despacho em que o juiz decide: “Ainda que a possibilidade de cura seja remota, esta não pode ser negada à autora”. Segundo a sentença, embora a substância não tenha sido aprovada pela Anvisa, há vários relatos de que ela promoveu melhoria no estado de saúde dos doentes.
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