Médicos do HC estão proibidos de fazer hora extra

Saúde
Médicos do HC estão proibidos de fazer hora extra 02 março 2014

“Comunicamos que as horas extras realizadas no Hospital das Clínicas deverão ser reduzidas na proporção de 50% na área de assistência de enfermagem e zeradas nas áreas médicas e administrativas a partir do mês de fevereiro de 2014”. Esse comunicado assinado pelo departamento de Gestão de Pessoas do HC, está causando inconformismo entre médicos.

A determinação pelo corte das horas extras atende ao ofício nº 72/2013 da Pró-reitoria da Administração da Unesp, como forma de contenção de despesas. Porém o que causou estranheza na classe médica é que esse ofício determina o corte de 50% das horas extras realizadas no HC, mas as médicos não podem mais fazer horas extras.

“Veio de São Paulo a ordem para cortar 50% das horas extras. Até aí tudo bem, mas o que gerou inconformismo é que as horas extras dos médicos foram zeradas. Ou seja, médico no HC não pode mais trabalhar além do horário, não pode fazer hora extra. Não estamos aqui contra a redução de custos, mas em Botucatu o corte para os médicos foi radical. A ordem que veio de São Paulo era para cortar 50%, mas esse percentual só valeu para a área de assistência de enfermagem. Para os médicos não valeu”, disse um médico do PS, que entregou os dois ofícios (Unesp e HC) ? reportagem.

Ele cita que a normativa deixou os médicos num impasse. “Se um médico estiver atendendo a uma emergência no Pronto Socorro, por exemplo, faltando poucos minutos para encerrar o expediente como é que faz? Larga o paciente e vai embora para não descumprir a norma ou fica com o paciente como manda a ética médica e corre o risco de ser punido por ultrapassar seu horário de trabalho? Estamos nos mobilizando para encontrar uma saída para esta situação”, disse.

Como o jornal estava em horário de fechamento não foi possível contatar a direção do HC para pudesse se manifestar sobre o assunto, mas o espaço está, democraticamente, aberto para que o HC faça as considerações que achar necessárias. A reportagem foi feita baseada em documentos (cópias fiéis) das duas instituições, devidamente, assinados pelas pessoas responsáveis.

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