A doença ginecológica inflamatória crônica que atinge 10% das mulheres em idade reprodutiva
O Março Amarelo tem como objetivo informar a população sobre os sintomas da endometriose, os impactos na qualidade de vida das pacientes e formas de prevenção e tratamento.
A endometriose é uma doença ginecológica inflamatória crônica que atinge 10% das mulheres em idade reprodutiva (mais comum entre 25 e 35 anos), ou seja, uma em cada dez mulheres ao redor do mundo tem o diagnóstico da doença.
Caracterizada pela presença de tecido endometrial (da camada interna do útero) fora da cavidade uterina, a endometriose tem diagnóstico que leva anos para ser definido.
De acordo com o médico ginecologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB), Dr. Daniel Dias, os sintomas não são específicos da doença. “Além disso, os achados dos exames físicos e de imagem podem não ser próprios da doença”, diz.
Dor pélvica crônica e infertilidade são as principais consequências decorrentes da endometriose, “condições que impactam muito a qualidade de vida das mulheres”, pontua Dr. Daniel.
Prevenção, sinais e tratamento
Dentre as formas de prevenção da endometriose estão a prática regular de exercícios físicos, a alimentação saudável, o controle do estresse e a realização de exames ginecológicos de rotina.
Cólica menstrual incapacitante, dor durante as relações sexuais, alterações urinárias e intestinais são alguns dos sinais da doença, por isso a medicação para dor é sempre indicada durante o tratamento.
Dr. Daniel Dias explica que o tratamento da doença se dá de duas formas: clínico e cirúrgico. “O tratamento clínico é a primeira linha e basicamente fazemos com as pílulas contraceptivas. O intuito é reduzir a estimulação sobre os focos da endometriose, aliviando os sintomas e inibindo a progressão da doença no médio e longo prazo”, lembra.
Ainda de acordo com o especialista “aproximadamente entre 70% e 80% das mulheres tem uma boa resposta ao tratamento clínico”.
Nos casos cirúrgicos, dependendo da extensão da doença, é necessária “uma equipe especializada”, pois há a possibilidade de a doença atingir outros órgãos, explica Dr. Daniel.
Encaminhamentos ao HCFMB
Por se tratar de um Hospital de nível terciário, vinculado a Secretaria Estadual de Saúde (SES), o HCFMB recebe pacientes de aproximadamente 70 municípios, pertencentes ao Pólo Cuesta e Vale do Jurumirim.
Os pacientes de Botucatu e de cidades da região atendidas pelo Departamento Regional de Saúde (DRS-VI) chegam até o HCFMB via Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (CROSS).
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