A Vigilância Ambiental em Saúde (VAS) de Botucatu acaba de divulgar os números de mais um Levantamento de Índice Rápido de Infestação para Aedes aegypti (LIRAa), realizado em maio passado. A atividade busca mapear a porcentagem proporcional de domicílios com a presença do mosquito da dengue no Município e quais são os principais recipientes que servem de criadouros a estes insetos.
O resultado geral de Botucatu foi que em 1,8%, dos 2.671 imóveis trabalhados, foram encontrados larvas de Aedes aegypti, índice considerado de alerta para o período, pois a Organização Mundial da Saúde (OMS) faz a seguinte classificação: 0 a 1% dos imóveis com larvas positivas – satisfatório; 1,1% a 3,9% – sinal de alerta; acima de 3,9% – risco de epidemia. Já o índice de larvas da dengue por região é a seguinte: 1,3% (região norte); 2,7% (região central/oeste); 1,7% (região leste – 1,7%); e 1,3% (região sul).
Este último levantamento apontou ainda que 52,54% do total de recipientes com larvas de Aedes pertencem ao grupo de recipientes móveis, ou seja, objetos que não podem ser eliminados durante a visita do agente de combate as endemias, por terem utilidade aos moradores. No entanto são objetos que podem sofrer alteração na posição e/ou manutenção de modo a não se tornarem criadouros, por exemplo: vasos e pratos de plantas, bebedouro animal, latas, plásticos, entre outros.
Outro grupo que ganha destaque são os passíveis de remoção, uma vez que 27,12% do total de recipientes com larvas de dengue são inservíveis. Ou seja, não têm utilidade para os moradores e deveriam ser descartados adequadamente. Para evitar epidemias de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti é importante que a população continue atenta, com inspeções semanais em suas moradias, não deixando recipientes com água parada sem a manutenção adequada, pois estes se tornarão criadouros de mosquitos.
“A notificação de casos suspeitos é outra ferramenta essencial para evitar a epidemia destas doenças. Portanto orientamos a população que, ao surgimento de quaisquer sintomas característicos destas enfermidades, deve-se procurar atendimento médico, pois se houver a suspeita o caso será notificado e as ações para evitar a transmissão serão desencadeadas”, orienta Valdinei Moraes Campanucci da Silva, supervisor de Serviços de Saúde Ambiental e Animal da VAS.
Em 2016 já foram confirmados 102 casos de dengue: 73 autóctones e 29 importados. Ainda foram confirmados dois casos importados de Zika vírus e um caso importado de febre Chikungunya.
Sobre a dengue
A dengue é uma doença infecciosa febril aguda que pode ter manifestações assintomáticas até quadros graves e fatais. Ela é causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes), ocorrendo principalmente nos países tropicais, onde as condições são favoráveis à proliferação do seu vetor: o Aedes aegypti.
O vírus da dengue possui quatro sorotipos: Denv 1, Denv 2, Denv 3 e Denv 4. Estes quatro sorotipos já circulam no Brasil. Desde 1990, quando se estabeleceu a transmissão de dengue no Estado de São Paulo, o padrão epidemiológico da doença tem apresentado períodos de baixa transmissão intercalada com a ocorrência de epidemias, estas geralmente associadas à introdução de novo sorotipo ou à alteração do sorotipo predominante.
Ao apresentar qualquer sintoma característico da dengue como febre alta, dor de cabeça, no fundo dos olhos ou nas articulações, a pessoa deve procurar atendimento médico imediatamente. Em caso de suspeita de dengue a Secretaria Municipal da Saúde, através da VAS, iniciará todas as atividades necessárias para evitar a transmissão da doença no Município.
Dicas de combate ao mosquito e focos de larvas
• Manter a caixa d’água sempre fechada e vedada adequadamente
• Limpar periodicamente as calhas da casa
• Não deixar acumular água sobre lajes, imperfeições do piso e recipientes
• Lavar, com escova e sabão, a parte interna e borda de recipientes que possam acumular água (ex: bebedouros de animais)
• Não expor recipientes à chuva, deixando eles sempre em lugares cobertos e de cabeça para baixo
• Jogar desinfetante, detergente ou sabão em pó em ralos pouco utilizados
• Não deixar acumular água nos pratos dos vasos de plantas
Serviço
Vigilância Ambiental em Saúde
Telefones (14) 3813-5055 / 150
Horário de atendimento: segunda a sexta-feira – das 7 horas às 16h30