Identificado queda na infestação de larvas do mosquito da dengue

Saúde
Identificado queda na infestação de larvas do mosquito da dengue 14 dezembro 2010

Segundo dados divulgados pela Secretaria de Comunicação, durante o último mês de novembro, a Vigilância Ambiental em Saúde (VAS) vinculada ? Secretaria Municipal de Saúde, realizou em parceria com o Departamento de Parasitologia do Instituto de Biociências (IB) da Unesp de Botucatu, um trabalho para identificar as áreas com infestação do mosquito transmissor da dengue (Aedes aegypti) na Cidade.

Na oportunidade foram distribuídas 185 ovitrampas na área urbana do Município. Ovitrampas são armadilhas artificiais adaptadas em vasos pretos de plantas com uma palheta de madeira imersa em água, onde permite identificar a oviposição (postura de ovos) da fêmea do mosquito Aedes. Das 185 ovitrampas instaladas, apenas 11% apresentaram ovos do mosquito. No mesmo período, em 2009, a Vigilância Ambiental registrou 48% das ovitrampas positivas.

Esta redução está relacionada, principalmente, ao trabalho de combate ao mosquito transmissor da dengue, que foi intensificado no ano de 2010. Segundo a VAS, até o último dia 1º de dezembro, os agentes de saúde pública haviam realizado 81.566 visitas, 10% a mais em relação ao ano de 2009.

“Atribuímos a diminuição da infestação do mosquito ? intensificação do trabalho realizado. Mas durante as visitas realizadas pelos agentes da VAS, constatou-se que a população ainda necessita de maior atenção aos cuidados dispensados aos materiais existentes nas residências, pois com a chegada das chuvas eles se tornarão potenciais criadouros do mosquito”, ressalta Gabriela Gabriella Koppány González, coordenadora da VAS.

Como o momento é de início das férias escolares e muitos costumam viajar para diversas regiões endêmicas do País, ou seja, áreas onde ocorrem transmissão de dengue recomenda-se ainda mais atenção. “Estas pessoas podem se infectar e retornar da viagem apresentando os sintomas. Isso abre possibilidade do mosquito encontrado em nossa Cidade se infectar, iniciando, assim, uma transmissão de dengue em nosso Município”, completa Gabriella.

{n}Campanha {/n}

O próximo passo da VAS será iniciar, a partir de janeiro de 2011, uma campanha de conscientização de combate ? dengue, com intensificação de visitas em bairros de Botucatu onde as armadilhas apresentaram larvas do mosquito Aedes aegypti. No levantamento de novembro, os seguintes bairros registraram ovitrampas positivas: Cambuí, Jardim Monte Mor, Jardim Paraíso, Vila dos Lavradores, Vila Antártica e Vila Ferroviária (setor Norte); Jardim Brasil, Jardim Cristina, Jardim São Vicente e Vila Ema (setor Leste); Comerciários II, Cohab I e Recreio do Hawaí (setor Sul); e Centro, Jardim Bom Pastor, Vila Assunção e Recanto Azul (setor Central).

A Vigilância Ambiental orienta a população a continuar atenta, não deixando recipientes que possam acumular água parada e limpa, onde o mosquito transmissor da dengue se prolifera. Ao identificar quaisquer sintomas da doença como febre alta, dores de cabeça, musculares e no fundo dos olhos, as pessoas devem procurar atendimento médico imediatamente.

{n}Reconhecimento{/n}

O Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) promoveu nos dias 29 a 30 de novembro passado, em São Paulo, junto ? comemoração de seus 25 anos, a Conferência Internacional em Epidemiologia. No encontro, que reuniu mais de mil profissionais de saúde pública e cientistas para um amplo debate de questões que envolvem a epidemiologia e ações de vigilância frente aos desafios do século 21, foram selecionados 263 trabalhos.

Destes, apenas 20 tiveram a oportunidade de serem expostos em uma apresentação oral ao público presente. Entre eles, o da equipe da Vigilância Ambiental em Saúde de Botucatu intitulado: “Uso de ovitrampas no monitoramento de infestação de Aedes aegypti no município de Botucatu-SP”.

O trabalho obteve reconhecimento na Conferência por ser uma estratégia não comum utilizada em municípios com porte semelhante ao de Botucatu e que auxilia na priorização das ações realizadas no controle da dengue, juntamente com os dados de outros levantamentos realizados, como o Liraa (Levantamento de Infestação Rápido de Aedes aegypti) e o índice de Breteau.

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