Unesp: Ambulatório também é um centro de formação
Desde o ano 2000, a acupuntura em animais é uma realidade no Hospital Veterinário da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Botucatu, no interior do Estado. No ambulatório, são atendidos semanalmente 70 pacientes, com maioria de cães e gatos.
O coordenador do ambulatório, professor Stélio Luna, desenvolve pesquisas na área desde 1987, na tentativa de popularizar e diminuir a resistência da prática em animais. “ela é eficaz não só pelas dezenas de publicações, mas especialmente em casos neurológicos e de hérnia de disco. Nós conseguimos fazer com que os pacientes voltem a se locomover e controlem a questão de urina e fezes”, explica o docente à TV Unesp.
Atendimento
Além dos atendimentos, o ambulatório também é um centro de formação, pois oferece a possibilidade de residência aos estudantes da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, do campus de Botucatu da Unesp.
“Os médicos veterinários estão um pouquinho mais dispostos a encaminhar os animais para o tratamento por acupuntura. Existe todo um contexto para a prática. Estudamos para isso e tratamos tanto problemas sistêmicos quanto ortopédicos”, afirma a residente Suellen Vieira.
“Não perdemos as esperanças nela e vimos o resultado com a técnica”, revela à TV Unesp o autônomo Wellington Ribeiro, dono da cadela Bibi, vira lata de oito meses que passou por outro setor do hospital e foi encaminhada para a primeira sessão de acupuntura no ambulatório. Ela ficou com sequelas após contrair cinomose, doença viral que resultou em dificuldades de locomoção e incontinência urinária.
Recuperação
Por acreditar na eficácia da técnica, a médica veterinária Viviane Chirinéa levou os animais de estimação para a acupuntura no espaço de saúde. O procedimento aliviou as dores fortes da cadela Duda, por exemplo, que apresentava problemas hormonais, no fígado e na coluna.
“Agora, a Duda tem uma qualidade de vida excelente. Ela está com uma alimentação natural também, toda balanceada. Ela tem 13 anos e está muito bem”, comemora Viviane Chirinéa.
“São animais que normalmente seriam submetidos a uma ‘eutanásia’, que é aquela morte humanitária, e que nós conseguimos dar uma possibilidade de sobrevida para os pacientes, que passam a ter uma qualidade de vida compatível com o viver novamente”, finaliza o professor Stélio Luna.
Fonte: Governo de SP
Compartilhe esta notícia