Se a situação financeira da matriz do Hospital Sorocabana, que pertence a Associação Beneficente do Hospital Sorocabana da Vila Romana, em São Paulo, não é das melhores, o mesmo não acontece com a filial do Hospital Regional Sorocabana de Botucatu, onde o equilíbrio financeiro está sob controle. O hospital de Botucatu que tem parceria com a Prefeitura Municipal de Botucatu (Pronto Atendimento) e Unesp (Maternidade), além de doações de voluntários, está com suas contas sanadas.
Administrado pela gerente Maria José Delego Maschetti, o hospital, em sua totalidade, faz 90% do seu atendimento através do Sistema Único de Saúde (SUS). Apenas uma parcela de 10% dos serviços é particular. Não tenho dados oficiais sobre o que acontece em São Paulo e só posso falar pelo hospital de Botucatu, que está numa fase muito boa, sem dívidas, com o pagamento dos funcionários em dia e em fase de aprimoramento, comentou Maschetti, que assumiu a direção do hospital em julho de 2009.
Ela relata que desses 90% dos atendimentos feitos pelo SUS incluem internações, algumas cirurgias, maternidade, obstetrícia, pronto atendimento 24 horas por dia de urgência e emergência, ortotraumatologia especializada, oftalmologia especializada e fisioterapia.
Temos aqui 74 leitos e fazemos, em média, 300 internações por mês entre elas clínica cirúrgica, obstetrícia, clínica médica e pediatria, além de 5.200 consultas/mês no Pronto Atendimento (urgência e emergência) e 2.200 procedimentos de exames de radiologia (RX) ao mês, enumera Maschetti.
Além disso, continua a gerente administrativa, são realizados 150 procedimentos cirúrgicos ao mês. Isso sem falar dos 1.500 atendimentos mensais entre consultas e exames gerais de oftalmologia complementar especializada (glaucoma, transplante de córneas facoemulsificação), acrescenta.
Maria José Delego Maschetti coordena uma equipe de 120 funcionários distribuídos em diferentes departamentos do hospital, sendo auxiliada por Juliana Maschetti e Lúcia Gasparotti. Nosso primeiro compromisso ao assumir o hospital foi pagar as contas que estavam atrasadas. Hoje temos tudo sob controle e até a metade do 13º dos funcionários de 2010 já está paga. Vivemos um momento financeiro bom e até a nossa caldeira foi trocada recentemente, coloca a gerente administrativa. Temos consciência de que muitas coisas precisam ser feitas, mas procuramos manter o pé no chão, não fazendo dívidas e controlando o orçamento, porque o dinheiro é curto, salienta.
Ela lembra que o Hospital Regional Sorocabana vem, desde a sua inauguração no ano de 1955, desenvolvendo um trabalho muito importante para a cidade na rede hospitalar, principalmente para as pessoas carentes, atendendo casos de media e baixa complexidade. Como se sabe o SUS paga muito pouco e somente com ele não seria possível manter o hospital em funcionamento. Por isso a ajuda financeira que recebemos da Prefeitura e de alguns colaboradores, assim como o apoio da Unesp são muito importantes. Agora, quem quiser colaborar com a manutenção desse hospital, pode nos procurar. Toda ajuda será bem vinda, concluiu Maria José Maschetti.
Fotos: Valéria Cuter
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