Em 2024, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu – Unesp (HCFMB) tem investido em pilares fundamentais da instituição como ensino, pesquisa e extensão.
Com foco na inovação e em melhorias contínuas da assistência, o HCFMB iniciou um projeto institucional para compreender melhor as características dos diferentes tipos de câncer, contribuindo significativamente para o desenvolvimento de novas terapias e a melhora da qualidade de vida do paciente.
A responsável pela implantação do projeto no HCFMB é a Professora Titular Silvia Regina Rogatto, especialista em Genética Molecular Humana, Genômica e Epigenômica do Câncer. Silvia foi pesquisadora de Produtividade em Pesquisa do CNPq desde o início da sua carreira acadêmica, atuou como Diretora do Laboratório NeoGene da Faculdade de Medicina (FMB/Unesp), e vice-diretora do Instituto de Biotecnologia da UNESP (IBTEC), entre outros. Recebeu em 2011 o Prêmio Saúde com um projeto de investigação desenvolvido em carcinomas do pênis.
“Ampliar o cenário do conhecimento é fundamental para que tenhamos mais agilidade para entender uma doença tão complexa”, explica Silvia. “Meu papel aqui é contribuir para que as pesquisas e parcerias sejam abertas à todas as especialidades, com dedicação ao avanço científico e tecnológico”, afirma.
A linha de atuação da professora é voltada para pesquisas utilizando métodos moleculares, genômicos e de modificação do DNA, para fornecer novas informações e hipóteses sobre o início, origem e progressão do câncer. Os estudos visam a identificação de alvos moleculares em carcinomas esporádicos (incluindo próstata, pênis, cabeça e pescoço, mama, câncer colorretal, câncer de ovário e sarcomas) e em síndromes de predisposição a cânceres hereditários.
A inovação no tratamento e análise de tumores também pode ser aplicada na medicina de precisão em pacientes com tumores avançados. “O projeto que devemos desenvolver tem o objetivo de identificar a melhor terapia para cada paciente. As amostras do paciente são testadas para diferentes quimioterápicos, e aquela que houver a melhor resposta será a selecionada para tratar o paciente. Desta forma, espera-se que ele responda positivamente ao tratamento, evitando o uso de várias drogas, às quais poderia ser resistente. Para o sistema de saúde, isso tem relevante impacto econômico, além dos benefícios e uma melhor qualidade de vida”, explica a professora.
“Este foco em pesquisa não apenas fortalece a posição do HCFMB como uma instituição de ponta, como também destaca seu papel no cenário da pesquisa nacional e internacional, principalmente na Oncologia. Esperamos que no futuro próximo, possamos garantir à população acesso a tratamentos inovadores contra o câncer, entre outras doenças”, finaliza o Superintendente do HCFMB, José Carlos Souza Trindade Filho.
Compartilhe esta notícia