HC se ajusta à Anvisa para materiais cirúrgicos

Saúde
HC se ajusta à Anvisa para materiais cirúrgicos 23 março 2012

Desde o dia 19 de março, todos os hospitais brasileiros devem se adaptar a Resolução da Diretoria Colegiada Nº15 (RDC) promulgada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que diz respeito à limpeza e reprocessamento de materiais cirúrgicos. Até então, não havia qualquer normatização vigente no País.

No Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (HCFMB), a Resolução já está sendo analisada e os processos desempenhados pela Central de Materiais e Esterilização (CME) se preparam para atender às normas, que pretendem estabelecer requisitos de boas práticas para o funcionamento dos serviços de reprocessamento de materiais. A Norma também visa garantir a segurança de pacientes e profissionais contra infecções hospitalares e deve ser cumprida por todas as instituições públicas e privadas de saúde num prazo de até dois anos

Segundo Suzimar Benato Fusco, supervisora técnica da CME do Hospital das Clínicas, a padronização do reprocessamento de materiais proposta pela Anvisa é necessária devido aos avanços técnicos, que reivindicam e permitem o aprimoramento da execução desse serviço. “Existe uma lacuna entre o praticado e o ideal. No entanto, o HCFMB já está adaptado a uma série de requisitos, pois mesmo sem uma norma vigente no país, nós seguíamos a literatura e os padrões internacionais em nossos processos”, afirma Fusco.

A partir de agora, com o estabelecimento de rotinas de segurança e o surgimento de uma legislação, a ANVISA poderá fiscalizar hospitais, públicos e particulares, em todo o Brasil. “O que nos falta são alguns investimentos em novos equipamentos e capacitações. Para definirmos nossos objetivos formaremos um grupo para analisar a RDC, identificar as prioridades de mudança e planejar as ações continuamente”, ressalta a supervisora do CME.

O CME do HCFMB é, reconhecidamente, um centro de referência no reprocessamento e esterilização de materiais cirúrgicos. Equipes de toda a região vêm até Botucatu para acompanhar e realizar treinamentos, segundo Suzimar Fusco. Essa não será a primeira vez que o HCFMB se empenha em atender às recomendações do órgão fiscalizador nacional, como destaca a supervisora. De acordo com ela, há 7 anos a Unidade já atende as exigências da Anvisa em relação à planta física. Atualmente, são produzidos cerca de 35 mil pacotes de materiais estéreis – prontos para serem utilizados com segurança – todos os meses.

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