HC faz transplante hepático após procedimento inédito pelo SUS

Saúde
HC faz transplante hepático após procedimento inédito pelo SUS 23 julho 2020

Paciente que aguardava por um novo fígado foi submetido a transplante no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) após passar por um procedimento de um projeto de pesquisa do hospital, chamado de radioembolização, que utiliza radiação para o tratamento de tumores hepáticos. Por se tratar de um projeto de pesquisa, o HC explica que esse tratamento ainda não pode ser oferecido a todos os pacientes portadores desse tipo de tumor.

O projeto é coordenado pelo médico Fernando Gomes Romeiro. De acordo com o hospital, o procedimento é inédito no Sistema Único de Saúde (SUS) e, sem ele, o paciente não teria condições de ser submetido ao transplante, realizado pela equipe de Transplante Hepático na semana passada.

“O paciente era portador de câncer de fígado e desenvolveu uma trombose perto do nódulo, que impedia o transplante. Ele foi incluído no projeto de pesquisa, fizemos a radioembolização e conseguimos uma redução considerável, o que possibilitou o transplante”, detalha Romeiro.

O coordenador do projeto de pesquisa ressalta que o procedimento não é considerado curativo, mas provoca redução considerável do tamanho do tumor, evitando que ele cause mais danos ao paciente portador desta condição patológica.

Segundo o médico, a radioembolização, considerada tratamento de última geração, nunca foi realizada no SUS por envolver alto custo e exigir muita capacitação. O HC conta que, no Brasil, apenas o Hospital Sírio Libanês utiliza esta técnica no combate ao câncer hepático.

“É importante ressaltar que, apesar de ser uma grande satisfação realizar este tratamento no SUS, ele ainda não está disponível no sistema público, já que conta com apoio financeiro da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). De qualquer forma, é um avanço e continuaremos trabalhando para oferecer esta alternativa aos pacientes”, afirma o médico.

Fonte: JCNet

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