HC de Botucatu realiza angioplastia inédita com ultrassom intravascular pelo SUS

Saúde
HC de Botucatu realiza angioplastia inédita com ultrassom intravascular pelo SUS 23 junho 2025

Procedimento garante mais precisão na escolha do stent e representa avanço no tratamento de lesões coronárias em pacientes do sistema público

O Serviço de Hemodinâmica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu – Unesp (HCFMB) realizou, pela primeira vez em um paciente do Sistema Único de Saúde (SUS), uma angioplastia coronária guiada por ultrassom intravascular. O procedimento é considerado um avanço significativo nas técnicas de intervenção cardíaca, e permite uma avaliação mais precisa e objetiva das lesões coronárias, obstruções que podem impedir o fluxo de sangue para coração.

Tradicionalmente, a angioplastia coronária é guiada apenas pela angiografia, técnica que utiliza contraste injetado por cateter para visualizar as artérias e suas obstruções. “Com a utilização do ultrassom, conseguimos visualizar como está o interior da artéria. Temos a exata noção do tamanho do stent em relação à artéria com exatidão, o que não conseguimos com a angiografia, que é guiada somente pelo olhar e pela experiência do examinador”, afirma o médico cardiologista e coordenador do Serviço, Fábio Cardoso Carvalho.

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O primeiro beneficiado pela nova tecnologia foi um paciente de 70 anos, com histórico de cirurgia prévia para implante de ponte de safena, que apresentava uma lesão coronária moderada (entre 50% e 70%). “O ultrassom intravascular permitiu uma avaliação objetiva, revelando uma área de lesão abaixo do limite crítico de 6mm², confirmando a necessidade do implante do stent”, explica Fábio.

O especialista destaca que o uso desta tecnologia é de extrema importância em casos selecionados, como pacientes com lesões moderadas, que geram dúvidas sobre o tratamento mais adequado. “O ultrassom adquirido pelo HCFMB nos ajuda tanto na seleção dos pacientes candidatos à angioplastia, separando aqueles que se beneficiariam mais da cirurgia, quanto no direcionamento do procedimento, otimizando a escolha do stent ideal em termos de diâmetro e comprimento”, diz.

Embora não seja um recurso aplicável a todos os pacientes, devido à necessidade de seleção, não só para a otimização dos recursos, mas também pela avaliação do tratamento mais adequado para cada caso; a precisão na avaliação e no tratamento representa um avanço no cuidado cardiovascular oferecido pelo Serviço de Hemodinâmica e pelo HCFMB, proporcionando maior segurança e eficácia nos pacientes que realizam este tipo de procedimento.

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