12 novembro 2025
Tema foi destaque no Primeiro Jornal da Prever FM, com a médica Juliana Paiva, que explicou impactos e cuidados relacionados ao ciclo menstrual

A Câmara dos Deputados aprovou, no final de outubro, o projeto que cria a chamada licença-menstrual, permitindo que mulheres se afastem do trabalho por até dois dias por mês, sem prejuízo salarial, em casos em que os sintomas do ciclo impeçam o exercício das atividades profissionais. O tema repercutiu no Primeiro Jornal da rádio Prever FM 100.9, onde a médica ginecologista Juliana Paiva, de Botucatu, analisou a medida e falou sobre as condições que justificam o afastamento. (veja a entrevista na íntegra aqui)
Durante a entrevista, Juliana explicou que a menstruação pode, sim, causar sintomas incapacitantes em algumas mulheres, e que o reconhecimento disso é um avanço em termos de saúde e equidade de gênero.
“Há mulheres que sofrem com dores intensas, cólicas, fadiga, enxaqueca e até desmaios durante o período menstrual. Em situações assim, não é simplesmente uma questão de desconforto — é de saúde”, destacou.
A médica ressaltou, no entanto, que é importante que o afastamento seja embasado em avaliação médica adequada, já que sintomas intensos e recorrentes podem indicar doenças como endometriose, miomas ou alterações hormonais.
“Quando a dor é muito forte, ela precisa ser investigada. A menstruação não deve causar sofrimento incapacitante. Se a mulher precisa se afastar todos os meses, é sinal de que algo precisa ser avaliado com mais atenção”, alertou.
Juliana Paiva também reforçou que o tema ainda exige orientação e diálogo entre profissionais de saúde, empregadores e pacientes.
“Não se trata de privilégio, e sim de um cuidado necessário com a saúde feminina. A licença pode ser um passo importante, desde que venha acompanhada de informação e empatia”, afirmou.
O projeto aprovado pela Câmara prevê que a licença seja concedida mediante comprovação médica e tenha validade para funcionárias do setor privado, estagiárias e empregadas domésticas. O texto ainda será votado no Senado antes de seguir para sanção presidencial.
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