Gibi é desenvolvido para crianças em tratamento no Hospital das Clínicas de Botucatu

Saúde
Gibi é desenvolvido para crianças em tratamento no Hospital das Clínicas de Botucatu 30 março 2016

O Professor Titular pelo Departamento de Urologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) João Luiz Amaro e as Professoras Doutoras do Departamento de Enfermagem, Marla Garcia de Ávila e Maria Virgínia Alves, com apoio da graduanda Thais Megumi Uezono, desenvolveram recentemente um gibi educativo para crianças portadoras da mielomeningocele em tratamento no HCFMB.
 

A mielomeningocele, também conhecida como espinha bífida, é uma malformação congênita da coluna vertebral da criança em que as meninges, a medula e as raízes nervosas estão expostas, prejudicando a função de órgãos vitais como intestino e bexiga.

As crianças portadoras de mielomeningocele apresentam diferentes níveis de dependência, já que não identificam quando sua bexiga está cheia. Também podem apresentar incontinência urinária (perda de urina) involuntariamente.

Como a bexiga do paciente deve ser esvaziada de quatro em quatro horas por um procedimento chamado cateterismo urinário intermitente limpo, a equipe percebeu que a maior dificuldade dos pais e crianças era neste procedimento.

A supervisora técnica de enfermagem Natália Augusto Benedetti fazia desenhos à mão para explicar aos pais e as crianças como passar o cateter e esvaziar a bexiga. "O objetivo do gibi é orientar pais e crianças em relação a importância do cateterismo e também preparar a criança para, futuramente, realizar o auto cateterismo. Se a bexiga não é esvaziada regularmente, os rins podem ser prejudicados", diz.

Atualmente, 100 crianças diagnosticadas com mielomeningocele são tratadas no HCFMB. Gabriel A. é um deles. Paciente e amigo antigo da equipe, o menino ajudou na elaboração do gibi. "Ficou muito legal, eu gostei muito", diz, tímido, ao lado da mãe. 

A Professora Doutora Marla Garcia de Avila conta que a equipe teve todo cuidado para não só ensinar, mas chamar a atenção das crianças de forma simples e objetiva pelo gibi: "Assim como o Gabriel, outras crianças leram todo o gibi antes dele ficar pronto. Eles nos deram a direção, e com aprovação deles, vimos que estávamos no caminho certo e finalizamos o trabalho", afirma.


Já a Professora Doutora Maria Virgínia Alves explica que a proposta da equipe é que o gibi não ajude só as crianças portadoras de mielomeningocele, mas que conscientize toda a sociedade sobre a doença. "A mãe que mostra este gibi à criança que não tem a doença o educa para que ele aceite e ajude o amiguinho que sofre deste problema", diz. 

As professoras pretendem realizar novos projetos como este. "Foi um sonho concretizado. E para que possamos realizar sonhos, devemos sempre nos orgulhar do trabalho em equipe", conclui Marla. 
A empresa Coloplast patrocinou a produção do gibi, que é distribuído gratuitamente aos pacientes de mielomeningocele e bexiga neurogênica em tratamento no HCFMB. O material também está disponível online no sitewww.doutorbexiga.com.br.

(Ass. de Imprensa do HC)

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