FMVZ vacina contra cinomose no Santa Elisa

Saúde
FMVZ vacina contra cinomose no Santa Elisa 23 maio 2014

Neste final de semana 24 e 25 de maio, das 8h30 às 17 horas, em frente à Unidade de Saúde da Família do Jardim Santa Elisa, acontece a Campanha de Vacinação contra Cinomose, promovida pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Unesp, câmpus de Botucatu.

A campanha é direcionada exclusivamente para cães do Jardim Santa Elisa. Os animais vacinados deverão tomar uma segunda dose em junho e receber uma vermifugação em agosto.   Embora a campanha seja contra a cinomose, a vacina fornecida pela Biovet protege os animais contra leptospirose canina, parvovirose canina, coranavirose, parainfluenza canina, laringotraqueíte infecciosa e hepatite infecciosa canina.

Além de vacinar os animais, a campanha tem o objetivo de esclarecer os proprietários sobre a necessidade de vacinação e da severidade da doença visando com isto uma redução gradual dos casos.  A partir do dia 12 de maio, estudantes da FMVZ/Unesp vão ministrar palestras e distribuir folhetos explicativos sobre a cinomose e outras doenças dos cães, na Unidade de Saúde da Família do Jardim Santa Elisa.

A iniciativa da campanha, que já aconteceu em 2013 em Rubião Júnior, surgiu em razão do grande número de casos de cinomose atendidos pelo Hospital Veterinário da FMVZ. “Muitos proprietários de animais não vacinam porque não conhecem a vacina ou por falta de condições financeiras”, explica a professora Jane Megid, do Departamento de Higiene Veterinária e Saúde Pública da FMVZ e coordenadora do projeto ao lado do professor Cassiano Victória. “Como a campanha deu certo em Rubião Júnior, vamos repeti-la em outras áreas periféricas de Botucatu onde a doença é um problema. É um projeto em que a Faculdade vai em direção à comunidade”.

 

A doença

A vacinação é o único meio eficiente para a profilaxia da cinomose. A doença é altamente contagiosa e incurável.  Ela provoca alterações digestórias, respiratórias e neurológicas. A doença atinge e é transmitida pelos cães, sem preferência por raça ou sexo, porém tem maior incidência em cães entre três e seis meses de idade e ainda não vacinados. Ela também é observada em animais adultos não vacinados ou sem imunidade prévia.

Ela apresenta sintomas digestivos, respiratórios ou neurológicos. Dependendo do tipo de manifestação da doença, pode haver uma associação desses sinais e sintomas com quadro evolutivo que culmina com a morte do animal. “Depois que o animal adoece, os veterinários têm muito pouco a fazer”, reafirma a professora Jane.

 

Parceria

A iniciativa tem a parceria da empresa Biovet que forneceu as vacinas, material de colheita de sangue dos animais e material de divulgação. Em contrapartida a Faculdade vai fornecer à empresa o resultado dos anticorpos desenvolvidos pelos animais após a vacinação. “Isso é importante para que eles possam avaliar a real eficácia do seu produto. É uma oportunidade para a avaliação da resposta da vacina em campo, em uma população animal com diferentes hábitos”. Todos os cães vacinados passarão por um exame clínico e os proprietários deverão responder a um questionário sobre os animais.

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