06 novembro 2025
Novo presidente da fundação, Dr. Pasqual Barretti, afirma que prioridade é recuperar protagonismo local e aumentar número de leitos disponíveis no município

A Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar (FAMESP) pretende ampliar sua presença em Botucatu e retomar o protagonismo na gestão da saúde local. A afirmação é do presidente da entidade, Dr. Pasqual Barretti, que participou de entrevista ao Primeiro Jornal da Rádio Prever FM, nesta quinta-feira, 06.
Segundo ele, a FAMESP — que completará 45 anos em 2026 — tem papel essencial no suporte ao Hospital das Clínicas e em unidades de outras cidades, mas precisa voltar a ocupar mais espaço em Botucatu.
“Nosso principal propósito é que a FAMESP recupere o espaço que tinha em Botucatu e avance em parceria com o município e o Estado, assumindo a gestão de equipamentos públicos de saúde”, destacou.
Barretti revelou que já houve uma reunião com o prefeito Fábio Leite, na qual foi manifestado o interesse da fundação em formalizar parcerias com a Prefeitura. A ideia é ampliar a atuação para além do Hospital das Clínicas, que hoje concentra a maior parte dos atendimentos do Sistema Único de Saúde (SUS) no município.
“Já trabalhamos na gestão financeira do Pronto-Socorro e há convênios antigos com o Centro de Saúde Escola. Mas queremos estar mais presentes na rede municipal”, afirmou.
Para Barretti, a estrutura física do HC limita o crescimento. “Não há possibilidade de expansão dentro do prédio atual. Por isso, estamos em tratativas para assumir também o Hospital Municipal e a Santa Casa de São Manuel, o que acrescentaria mais 100 leitos à nossa capacidade”, explicou. Lembrando que esses leitos são de baixa complexidade, diferentemente da estrutura do HC, que suporta casos de alta complexidade.
O presidente destacou ainda que a falta de leitos para internação de adultos é o principal gargalo da rede. “Temos muitos médicos, inclusive cerca de 600 residentes, mas o que falta é espaço físico para internação. Mais do que novas UTIs, precisamos de leitos clínicos para desafogar o hospital”, pontuou.
Barretti também comentou que a FAMESP administra um orçamento anual entre R$ 700 e R$ 800 milhões, valor próximo ao orçamento total da Prefeitura de Botucatu. A fundação conta com aproximadamente 6 mil funcionários, divididos quase igualmente entre Botucatu e Bauru, onde também gerencia o Hospital Estadual, a Maternidade Santa Isabel, o AME, Hospital Manoel de Abreu e o Hospital de Base, além do AME de Itapetininga.
Para ele, a ampliação da presença da FAMESP na rede municipal traria benefícios diretos à população. “Se conseguirmos unir esforços com o município e organizar melhor a demanda de urgência, poderemos atender com mais qualidade e aliviar a sobrecarga do Hospital das Clínicas”, concluiu.
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