Faculdade de Medicina promove curso de Dermatoscopia

Saúde
Faculdade de Medicina promove curso de Dermatoscopia 17 agosto 2015

Foi realizada na Central de Aulas da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) o I Curso de Dermatoscopia que teve como tema o conhecimento sobre a técnica da Dermatoscopia, exame que, de forma não-invasiva, pode avaliar pintas e prevenir alguns tipos de câncer de pele. O curso foi organizado por Vinicius de Souza, médico do Departamento de Dermatologia da FMB. 

Ministraram palestras os especialistas Vinicius de Souza (FMB), Hamilton Ometto Stolf (FMB), Vanessa Tonolli (dermatologista da cidade de Bauru) e Tânia Munhoz (Hospital AC Carmargo – São Paulo). Participaram do curso 50 dermatologistas de diferentes regiões do Estado, como Bauru, Presidente Prudente e Campinas, além de médicos residentes e alunos da graduação de medicina interessados no tema.

Os palestrantes abordaram diversos assuntos, como, por exemplo, os princípios básicos para o reconhecimento de uma pinta suspeita, pintas em crianças, manchas nas unhas e microscopia cofocal. “Esse evento é de grande relevância já que o dermatoscópio é um instrumento muito importante para essa área, e saber utilizá-lo corretamente é necessário”, destacou o professor da FMB Hamilton Ometto Stolf.

 

Dermatoscopia

A dermatoscopia é um método que permite avaliar tanto lesões pigmentadas da pele, as chamadas pintas, como lesões não pigmentadas. Com isso, pode-se dizer se uma pinta tem chance de ser um tumor maligno, denominado de melanoma, ou seja, atuar na prevenção do câncer de pele. A partir desse exame, é possível dizer para uma pessoa com muitas pintas quais devem ser removidas, além de evitar a retirada desnecessária de uma lesão em uma criança, pela certeza de benignidade, por exemplo.

Para chegar ao diagnóstico dessas lesões, é usado o dermatoscópio, aparelho que permite ampliar a imagem da pele, proporcionando uma visão em profundidade, facilitando a análise e documentação das manchas e/ou pintas, especialmente quando existe a necessidade de acompanhar a evolução do quadro clínico.

Há dois tipos de exame. A dermatoscopia das lesões pigmentadas que é feita no consultório, normalmente durante a consulta ou como procedimento individualizado. Existe ainda o mapeamento corporal, realizado por especialista nesse exame, na qual são utilizados aparelhos mais sofisticados que servem para fotografar todo o indivíduo e detectar precocemente modificações ou aparecimento de pintas malignas. Quando a pele apresenta manchas e pintas com aparência dúbia, a dermatoscopia aumenta a acurácia diagnóstica ao redor de 15% –  de 85% para 97% –  e assim, ajuda o cirurgião dermatológico a priorizar as pintas que devem ser removidas.

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