Estado de São Paulo tem aumento de casos de sarampo; veja o que fazer para evitar

Saúde
Estado de São Paulo tem aumento de casos de sarampo; veja o que fazer para evitar 23 julho 2019

O aumento de casos de sarampo no Estado de São Paulo levou a Secretaria Estadual de Saúde a ampliar as campanhas de vacinação buscando aumentar a proteção da população. Dados do órgão registram uma elevação de 303% nos casos da doença entre junho e julho apenas no estado.

No país, já são mais de 10 mil casos confirmados. As campanhas geralmente focam no público de maior risco: os jovens entre 15 e 29 anos, que podem não ter tomado a segunda dose da vacina e representam atualmente 47% dos casos em São Paulo.

Somente na capital do Estado já são 363 casos confirmados (aumento de 1.034%) e 800 em investigação. Ao todo o Estado tem atualmente confirmadas 484 pessoas contaminadas.

Botucatu

Em Botucatu não foi registrado caso suspeito por enquanto. Porém, as unidades de saúde mantém a vacinação contra a doença.

Bauru

Em Bauru a Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Departamento de Saúde Coletiva, confirmou, nesta terça-feira (23), a existência de nove casos suspeitos de sarampo no município. Eles estão distribuídos da seguinte forma: cinco casos na Região Noroeste (Parque São Geraldo), três casos na região Sudeste (Vila Universitária e Geisel) e um caso na região Norte (Mary Dota).

A prefeitura divulgou ainda que antecipou as ações de prevenção ao sarampo, mesmo a cidade não sendo considerada de risco pela Secretaria de Estado da Saúde, por conta da existência de casos suspeitos na cidade.

São Manuel

Em São Manuel também não há casos suspeitos e as pessoas devem procurar a Unidade mais próxima de sua residência, munidas da carteira de vacinação, para que possam saber se há necessidade de tomar ou não a vacina. Isto vale para crianças com idade entre 12 a 15 meses e ainda adultos com idade entre 15 e 29 anos.

Protocolo

O protocolo recomendando a segunda dose da vacina é recente e ela começou a ser aplicada apenas em 2000. De acordo com o calendário oficial do Ministério da Saúde, a primeira dose da vacina contra o sarampo deve ser aplicada aos 12 meses de vida na forma da tríplice viral (que ainda imuniza contra rubéola e caxumba). Já a segunda dose é indicada aos 15 meses, com a vacina tetraviral (que, além do sarampo, ainda protege contra caxumba, rubéola e varicela).

Como proteger bebês com menos de 1 ano?

Diante no surto da doença, no entanto, alguns pediatras pedem aos pais que levem bebês entre 6 e 11 meses para tomarem a vacina na rede particular. A recomendação não é incomum e segue orientação da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunização), que prevê que, em situações de risco como surto ou exposição domiciliar, a primeira dose pode ser aplicada a partir dos seis meses idade como forma de garantir a proteção. Isabella Ballalai, vice-presidente da SBIm, reforça que a medida é preventiva e não há motivo para alarde. “Os pais só devem oferecer a vacina se forem orientados por um pediatra ou médico”, afirma.

Nesse caso a vacina só deve ser aplicada se a criança estiver saudável e não possuir nenhum problema de saúde.

Como os pais devem proceder?

As crianças menores de um ano não precisam necessariamente ser vacinadas neste momento. “A doença precisa ser controlada a partir do grupo em que hoje ela é mais freqüente, ou seja, entre os jovens e adultos”, diz Ballalai. Além de proteger diretamente a pessoa, a vacina também oferece a chamada proteção coletiva: como não vai ser infectado, o indivíduo não transmitirá a doença para outras pessoas que não estão imunizadas por diversos motivos (por exemplo, bebês abaixo dos seis meses), garantindo que todos fiquem protegidos.

Adultos devem tomar a vacina?

Apesar de ser conhecido com uma doença infantil, o sarampo também tem afetado adultos. Só em São Paulo, o problema já atinge 47% desse público, incluindo jovens. E a explicação para o foco da doença ser essa faixa etária está justamente no histórico da condição no país. Indivíduos dos 20 aos 29 anos quando eram bebês receberam uma dose da vacina, já que na época a imunização era feita de uma única vez.

Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), alerta que adultos não devem negligenciar a vacinação e a condição, já que as complicações são maiores nesse público. “Não existe uma causa definida, mas, normalmente, os adultos sofrem mais com doenças virais”, diz.

Kfouri explica que evolução do sarampo pode levar ao aparecimento de problemas neurológicos como encefalite, que provoca inflamação no sistema nervoso central levando a convulsão e até ao estado de coma. Além disso, o próprio vírus do sarampo baixa a resistência imunológica do indivíduo podendo provocar pneumonia. E embora o quadro seja pior nos adultos, o especialista alega que adultos morrerem de sarampo ainda é raridade. “O óbito é mais comum nas crianças, sem dúvida”, explica.

Sintomas Da Doença

  • O sarampo é transmitido pelo ar.
  • O vírus fica em suspensão mesmo após a pessoa contaminada ter saído do local. Os sinais mais comuns são:
  • Febre alta, Mal-estar;
  • Inflamação nos olhos Coriza;
  • Dor de garganta;
  • Falta de apetite;
  • Irritação na pele, com o aparecimento de manchas vermelhas pelo corpo

Quem não pode tomar a vacina?

  • Não podem tomar a vacina os seguintes grupos:
  • Gestantes;
  • Pessoas imunossuprimidas por doença ou uso de medicação;
  • Crianças e adultos que vivem com HIV/Aids e apresentam imunossupressão;
  • Pessoas com histórico de alergia grave (anafilaxia) após aplicação de dose anterior das vacinas ou a algum de seus componentes.

 

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