Fotos: Valéria Cuter
Através da Associação de Pais e Amigos das Pessoas Portadoras de Necessidades Especiais (APAPE) o projeto de equoterapia está sendo desenvolvido no Rancho São José, que fica há menos de três quilômetros do Distrito de Rubião Júnior, com apoio do Conselho Municipal de Pessoa com Deficiência de Botucatu e Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar (Famesp). A equipe é composta por Flávia Teixeira (instrutora de equitação); Viviane Martins e Letícia Gomes (fisioterapeutas), Karina Capeluppi (psicóloga), Sérgio Tancler (motorista), Luciano Valim (auxiliar guia) e as voluntárias Samira Joia e Silvana Garcete.
Segundo Flávia Teixeira, a equoterapia é um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento de pessoas com deficiência e/ou com necessidades especiais, empregando o cavalo como agente promotor de ganhos físicos, psicológicos e educacionais.
O trabalho com cavalos beneficia pessoas que possuem dificuldades de aprendizagem, hiperatividade, dislexia, déficit de atenção e problemas de comportamento, tais como conduta de agressividade ou dificuldade de socialização. Como se trata de pessoas com deficiência é elaborada para elas uma proposta de trabalho diferenciada e voltada ? reabilitação, coordenação, equilíbrio e estímulo da autoconfiança, frisou Teixeira.
A instrutora de equitação explica que a andadura do cavalo imprime movimentos tridimensionais, ou seja, em três eixos distintos: para cima e para baixo, para um lado e para outro e para frente e para trás. São estímulos que permitem experimentar sensações nas partes distintas do corpo humano, a manutenção do equilíbrio postural e a realização de diversas atividades práticas para o praticante, apontou Teixeira.
A fisioterapeuta Viviane Martins enfatiza que esta atividade exige a participação do corpo inteiro, contribuindo, assim, para o desenvolvimento da força, tônus muscular, flexibilidade, relaxamento, conscientização do próprio corpo e aperfeiçoamento da coordenação motora e do equilíbrio. A interação com o cavalo, incluindo os primeiros contatos, o ato de montar e o manuseio final, desenvolve novas formas de socialização, autoconfiança e autoestima, ensina.
Cita Viviane que esta é uma atividade extra que agrega valor aos deficientes. O carinho, respeito, a paciência para com o próximo são estimulados no contato com o animal e todos esses quesitos são assimilados e praticados no cotidiano, coloca, lembrando que a inscrição é feita pela Apape, com laudo médico, levando em consideração a necessidade de cada um. A entidade está instalada na Rua Rodrigo do Lago, nº 94, Vila Padovan e o curso é gratuito.
Para finalizar Flávia Teixeira afirma que a equitação traz muitos benefícios aos praticantes, tais como melhoras na concentração, equilíbrio, coordenação, postura, memória, autoconfiança e até mesmo maior sociabilidade. A relação do aluno com os animais e com o campo é uma forma de estimular sentimentos como confiança, respeito e amizade, diz, lembrando que as aulas no sítio acontecem de segunda a sexta-feira, em horários pré-determinados e marcados na sede da Apape.
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