Em nova fase, Hospital das Clínicas de Botucatu volta a realizar transplantes de fígado

Saúde
Em nova fase, Hospital das Clínicas de Botucatu volta a realizar transplantes de fígado 05 agosto 2016

figado-transplanteApós alguns anos, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) voltou a realizar transplantes hepáticos. O primeiro dessa nova fase foi feito em um paciente do sexo masculino, de 57 anos, e ocorreu em parceria com o grupo de transplante do Hospital das Clínicas da USP São Paulo (HCFMUSP), chefiado Dr. Luiz Augusto Carneiro D´Albuquerque.

O gastroenterologista do HCFMB Dr. Fabio Yamashiro faz parte da equipe e comentou o procedimento. “Os protocolos para a realização desse novo transplante foram executados com perfeição. A equipe de cirurgiões e anestesistas do HCFMB atuou em conjunto com médicos do HCFMUSP nas consultas pré-transplante, na cirurgia e no pós-operatório do paciente”, diz.

O chefe de Gabinete da Superintendência do HCFMB, Dr. André Balbi, foi quem conduziu a retomada dos transplantes. Entre a intenção de voltar a realizar os transplantes e a confirmação do interesse do HCFMUSP em atuar em um programa de cooperação neste processo, passaram-se três anos. “Neste tempo, houve uma fase de treinamento e preparação da equipe para que os resultados dos transplantes fossem altamente satisfatórios”, diz.

O transplante hepático é indicado nos casos de insuficiência hepática, que pode ser aguda ou crônica, e também em casos de complicações, como o câncer de fígado. Os casos mais graves têm prioridade na lista e recebem o transplante antes dos casos menos graves. Muitas dessas complicações estão associadas a infecções por hepatites virais, bastante divulgadas neste mês de julho (Campanha Julho Amarelo), escolhido como o mês de combate às hepatites virais.

Dr. Fábio explica como o doador compatível foi localizado. “O doador é um paciente com diagnóstico de morte encefálica. Esse diagnóstico foi confirmado por dois especialistas e por exames específicos. Após autorização da família, o órgão foi oferecido a central de captação de órgãos e direcionado segundo a ordem de gravidade do receptor na lista de transplante. Essa ordem na lista é inviolável, favorecendo os que mais precisam do transplante. O programa nacional de captação de órgãos e tecidos é bastante organizado e transparente”, afirmou.

O paciente H.F., de 57 anos, contou como foi seu transplante de fígado. “Quando se está na fila de espera, tudo é uma surpresa. Graças a Deus estou me recuperando muito bem e sendo acompanhado constantemente por toda a equipe. Fui extremamente bem cuidado por uma equipe capacitada e preparada. Em nenhum momento me senti inseguro”, comentou.

Nessa nova etapa, o HCFMB consolida um projeto iniciado há anos. Dr. André Balbi diz que a parceria com o HCFMB e o HCFMUSP consolida um serviço estruturado, referência em toda a região, que abre portas para outras modalidades de transplante no HCFMB.

O cirurgião geral do HCFMB Dr. Leonardo Pelafsky falou sobre a importância do programa de transplantes. “Além de beneficiar inúmeros pacientes, também ajuda a melhorar a qualidade de outros serviços, devido à sua complexidade. É necessária a participação de um grupo multidisciplinar, exigindo um grande trabalho em equipe e resultando no desenvolvimento de diversos setores do hospital”, disse.

Segundo Dr. Fábio Yamashiro, o programa de transplante hepático do HCFMB continua em crescimento. “A parceria entre o HCFMB e o HCFMUSP contribui muito para a expansão do programa. Pacientes de toda região passam a ter mais chances de receber transplantes ao serem encaminhados ao nosso serviço e isso já reflete no aumento do nosso número de atendimentos. Continuamos incluindo mais pacientes em nossa lista de transplante e a cada dia temos mais pessoas prontas para receberem o novo fígado a qualquer momento”, finaliza.

O programa de transplante consolida o HCFMB como hospital referência em casos de alta complexidade. Promove a capacitação dos profissionais e traz ao Hospital mais recursos humanos, além de tecnologia de ponta. Também promove a união entre os grupos de transplante, como as equipes envolvidas no transplante de rim, fígado, medula óssea, entre outras.

Assessoria de Imprensa

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