Pesquisa clínica envolvendo Astrazeneca, Universidade de Oxford e Unesp Botucatu foi pauta do primeiro encontro
Uma comitiva de Botucatu, liderada pelo Prefeito Mário Pardini, se reuniu no final da tarde desta sexta-feira, dia 23, no Ministério da Saúde em Brasília para tratar do estudo clínico que envolve a Universidade de Oxford, o Laboratório AstraZeneca e a Unesp.
Desta vez o encontro foi com Hélio Angotti Neto, Secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos (SCTIE). Foi tratado o orçamento e fomento do Projeto de Pesquisa de Efetividade da Vacina da Fiocruz. Entre os pontos do estudo, há a previsão de vacinação em massa da população.
“Necessária a permanência em Brasília para novas agendas, inclusive neste final de semana, onde juntamente com equipe do Ministério da Saúde, continuaremos trabalhando para encaminhamento da proposta”, disse o Prefeito Mário Pardini.
“Segunda nova agenda na Secretaria, cumpridas estas etapas, retornaremos a Botucatu, aguardando avaliação do Ministério e novos trâmites”, concluiu.
A proposta de realização dessa pesquisa clínica envolve o laboratório AstraZeneca, Universidade de Oxford, Fiocruz, Fundação Gates, Unesp/HCFMB, Prefeitura de Botucatu e Embaixada do Reino Unido. Entre muitos outros pontos, há expectativa da vacinação em massa da população da cidade neste estudo.
Na última quinta-feira, dia 15, a comitiva de Botucatu teve uma primeira audiência no Ministério com o Ministro Marcelo Queiroga. Participaram na oportunidade, além do Prefeito, o Reitor da Unesp, Professor Pasqual Barreti; o Professor e Infectologista da Unesp Carlos Magno Castelo Branco Fortaleza, membro do Comitê de Contingência contra COVID-19 do Estado e o Secretário Municipal de Saúde, André Spadaro, que já trabalhou com o atual Ministro (ambos são cardiologistas).
O projeto tem como objetivo avaliar a efetividade da vacina Astrazeneca/Oxford, associada ao sequenciamento genético das diferentes cepas variantes em circulação em Botucatu.
Fiocruz diz que vacina de Oxford tem efetividade contra variante P.1
A vacina Oxford/AstraZeneca contra covid-19, produzida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), estimula resposta imune capaz de fazer frente à variante P.1, que se espalhou rapidamente pelo Brasil depois de ter sido detectada pela primeira vez em Manaus. A avaliação é do vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, que apresentou hoje (22) estudos que indicam a efetividade da vacina “no mundo real”, quando a eficácia dos testes clínicos é posta à prova.
“Até o momento, as informações são de tranquilidade. Os dados são de que temos, sim, uma variante de preocupação, que tem, sim, uma capacidade maior de transmissibilidade. A gente está vendo um momento da pandemia muito difícil em boa parte do Brasil, mas a boa notícia é que, apesar de todas essas características, a vacina, nesse momento e para essa variante, tem a condição de ser utilizada como uma ferramenta de controle”.
A vacina de Oxford é uma das mais aplicadas no mundo atualmente e tem outras vantagens, como o custo mais baixo e a possibilidade de armazenamento em refrigeradores menos avançados, com temperaturas de 2 a 8 graus Celsius.
Compartilhe esta notícia