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O Dia Mundial de Combate ao Diabetes, comemorado no dia 14 de novembro, tem como prioridade chamar a atenção das entidades oficiais, dos profissionais de saúde, da comunicação social e da comunidade em geral para o diabetes. As ações visam divulgar aos portadores da doença métodos para melhorar o conhecimento sobre esse distúrbio e prevenir suas complicações.
O diabetes é o aumento dos níveis de açúcar no sangue (níveis glicêmicos). Com a falta de insulina, a glicose não consegue entrar nas células, o que caracteriza a hiperglicemia.
Segundo dados da Federação Internacional de Diabetes, no mundo, uma em cada 11 pessoas é portadora de diabetes. Dra. Adriana Lúcia Mendes, endocrinologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB), explica que, atualmente, o Brasil conta com cerca de 12 milhões de portadores da doença. “Cerca de 50% dessas pessoas desconhecem o diagnóstico e, quando descobrem, muitas vezes já apresentam as complicações, como problemas nos rins, coração, olhos e nervos”, diz.
A também endocrinologista do HCFMB Dra. Célia Regina Nogueira, que atua juntamente com Dra. Adriana no combate à doença, fala sobre os tipos de diabetes. “Os principais são o Diabetes tipo 1 e o tipo 2. O tipo 1 é responsável por 10% a 20% dos casos, e o tipo 2, por 80% a 90%”, diz.
O diabetes tipo 1 é um tipo de diabetes onde o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina, fazendo com que o organismo não seja capaz de utilizar o açúcar no sangue para produzir energia. Seus sintomas são mais intensos: aumento de apetite, grande vontade de urinar e muita sede. Muitas vezes, esses sintomas vêm acompanhados pela rápida perda de peso e fadiga. Na primeira apresentação desses sintomas, o paciente pode necessitar de internação.
O diabetes tipo 1 não tem cura, mas pode ser controlado com a injeção diária de insulina, sob orientação e prescrição do médico endocrinologista e mudanças no estilo de vida do paciente. Já o diabetes tipo 2 ocorre em pacientes por volta dos 40 anos. “A deficiência de insulina é relativa e, muitas vezes, o diagnóstico só é feito por exames laboratoriais. O histórico familiar é muito importante para o diagnóstico precoce”, afirma Dra. Célia.
O diabetes tipo 2 está relacionado ao excesso de açúcar no sangue e gera sintomas como muita sede, boca seca, frequente vontade de urinar e emagrecimento sem causa aparente, o que nem sempre é identificado pelo portador da doença. Seu tratamento pode ser feito através do uso da insulina, hipoglicemiantes orais, dieta adequada e exercícios físicos. Em alguns casos, o diabetes tipo 2 tem cura.
Dra. Célia afirma que, atualmente, cerca de 180 pacientes são tratados por mês com diabetes no HCFMB. “Na disciplina de endocrinologia, o tratamento é realizado por uma equipe multiprofissional, que conta com médicos, psicólogos e nutricionistas, sempre focada no bem-estar e melhor qualidade de vida do paciente que convive com essa doença e necessita de cuidados especiais”, explica. “O Dia Mundial do Diabetes pretende alertar para o tratamento adequado da doença. É muito importante alertar a população sobre a má alimentação, que está levando ao excesso de peso e aumentando a incidência da doença”, afirma Dra. Célia.
Dra. Adriana acredita que a campanha alerta não só para a prevenção, mas também para o diagnóstico precoce. “A prevenção é simples: alimentação saudável, rica em alimentos integrais e naturais, prática regular de atividade física e a manutenção do peso dentro dos parâmetros de normalidade. Todos esses fatores são fundamentais para a prevenção do diabetes e toda a população deve se conscientizar”, finaliza.
Assessoria de Imprensa do HCFMB via 4toques Comunicação
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