Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais é comemorado nesta quinta-feira

Saúde
Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais é comemorado nesta quinta-feira 27 julho 2016

 

hepatiteNesta quinta, 28, é celebrado o Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais. O objetivo da data é promover ações de conscientização e divulgar informações sobre os tipos de hepatite, seus sintomas, transmissão e formas de diagnóstico.

As hepatites virais são doenças infecciosas que afetam o fígado. Cinco diferentes vírus são reconhecidos como agentes da hepatite viral humana: o vírus da hepatite A (HAV), o vírus da hepatite B (HBV), o vírus da hepatite C (HCV), o vírus da hepatite D ou Delta (HDV) e o vírus da hepatite E (HEV).

A hepatite crônica é uma inflamação no fígado que não tem cura ao fim de pelo menos 6 meses. Este tipo de hepatite pode durar décadas, e se desenvolve lentamente, podendo causar cirrose, insuficiência hepática e câncer de fígado.

Os vírus A e E não evoluem para a forma crônica, e sua transmissão ocorre por água e alimentos contaminados. Para controlá-los, é fundamental adequar as condições sanitárias. Esses vírus geralmente se curam em um curto espaço de tempo.

Em 95% dos casos, o vírus B evolui para hepatite crônica. A contaminação pode ser por via sexual, sanguínea, na gravidez (de mãe para filho) e intra familiar.

O vírus C evolui para doença crônica em 80% dos casos. Sua transmissão é fundamentalmente através do sangue, podendo causar cirrose. Após a cirrose instalada, pode causar câncer de fígado. Já o vírus D pode contaminar quem já possui o vírus B, e a hepatite crônica acaba progredindo mais rapidamente.

O gastroenterologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) Dr. Giovanni Faria Silva, responsável pelo Ambulatório de Hepatites Virais, explica que os sintomas das hepatites virais normalmente não são específicos. “Os sintomas geralmente são de um mal-estar. O que varia são as causas, como a presença do vírus da hepatite no sangue, a ingestão inadequada de medicamentos, doenças autoimunes, abuso de álcool ou drogas e a predisposição genética”, afirma.

Atualmente, o Ambulatório de Hepatites Virais do HCFMB atende uma média de 180 pacientes em tratamento para hepatite C. Em 14 anos, cerca de 2.300 pacientes já foram tratados no ambulatório com hepatite C, e 250 com hepatite B.

Há dois anos, a cura pelo tratamento era avaliada em torno de 50%. Uma das medicações era injetável, e os pacientes apresentavam diversos efeitos colaterais. Hoje, as novas terapias revolucionaram o tratamento da hepatite C.

Dr. Giovanni afirma que o tratamento oferecido no HCFMB para hepatites virais é ministrado via drogas orais. “Para hepatite C, o tempo de tratamento varia entre 12 e 24 semanas, com taxas de cura sem efeitos colaterais próximas a 95%. Para a hepatite B, o tratamento também é via oral, com controle da doença em mais de 90% dos casos. Porém, o tratamento é infinito. As drogas para o tratamento são dispensadas pelas farmácias de alto custo, meio utilizado pelos países de primeiro mundo”, explica.

A hepatite crônica tem cura se o tratamento for feito de forma adequada e precisa, e nem sempre o transplante de fígado é necessário. Dr. Giovanni acredita que o Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais é essencial para que a maioria das pessoas procure atendimento. “A divulgação na mídia é de extrema importância para que a doença seja diagnosticada em fase precoce, o que aumenta as chances de cura. A informação e conscientização do público é fundamental para o nosso trabalho”, diz.

4toques – Assessoria HCFMB

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