Dia Mundial da Saúde traz debate sobre a depressão

Saúde
Dia Mundial da Saúde traz debate sobre a depressão 08 abril 2017

As unidades de saúde de Botucatu, com apoio do Setor de Educação e Comunicação (Seducs)  da Secretaria Municipal de Saúde, promoveram nesta sexta-feira (7) uma série de atividades alusivas ao Dia Mundial da Saúde. O tema da campanha deste ano escolhido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é a depressão, transtorno que pode afetar pessoas de qualquer idade e em qualquer etapa da vida.

Com o lema “Let’s talk” (“Vamos conversar”, em português), a iniciativa reforça que existem inúmeras formas de prevenir a depressão e também de tratá-la, considerando que ela pode levar a graves consequências. “Conversar abertamente sobre depressão é o primeiro passo para entender melhor o assunto e reduzir o estigma associado a ele. Assim, cada vez mais pessoas poderão procurar ajuda”, enfatiza o psicólogo Márcio Pinheiro,  coordenador da Saúde Mental no Município.

A OMS estima que, no mundo todo, 350 milhões de pessoas, de todas as idades, sofrem com esse transtorno. Também é a principal causa de incapacidade em todo o mundo e contribui de forma significativa para a carga global de doenças. “Na pior das hipóteses, a depressão pode levar ao suicídio, atualmente a segunda principal causa de morte entre pessoas com idade entre 15 e 29 anos”, complementa  a enfermeira do Seducs, Maria Cristina Heinzle Machado.

 

Tipos e sintomas

Um episódio depressivo pode ser categorizado como leve, moderado ou grave, a depender da intensidade dos sintomas. Um indivíduo com um episódio depressivo leve terá alguma dificuldade em continuar um trabalho simples e atividades sociais, mas provavelmente sem grande prejuízo no funcionamento global. Já durante um episódio depressivo grave, é improvável que a pessoa afetada possa continuar com atividades sociais, de trabalho ou domésticas.

Uma distinção fundamental também é feita entre depressão em pessoas que têm ou não um histórico de episódios de mania. Ambos os tipos de depressão podem ser crônicos (isto é, acontecem durante um período prolongado de tempo), com recaídas, especialmente se não forem tratados.

O transtorno depressivo recorrente envolve repetidos episódios depressivos. Durante esses períodos, a pessoa experimenta um humor deprimido, perda de interesse e prazer e energia reduzida, levando a uma diminuição das atividades em geral por pelo menos duas semanas. Muitas pessoas com depressão também sofrem com sintomas como ansiedade, distúrbios do sono e de apetite e podem ter sentimentos de culpa ou baixa autoestima e falta de concentração.

Já o transtorno afetivo bipolar consiste na alternância entre episódios de mania e depressivos, separados por períodos de humor normal. Episódios de mania envolvem humor exaltado ou irritado, excesso de atividades, pressão de fala, autoestima inflada e uma menor necessidade de sono, além da aceleração do pensamento.

A depressão resulta de uma complexa interação de fatores sociais, psicológicos e biológicos. Pessoas que passaram por eventos adversos durante a vida (desemprego, luto, trauma psicológico) são mais propensas a desenvolver depressão. A depressão pode, por sua vez, levar a mais estresse e disfunção e piorar a situação de vida da pessoa afetada e o transtorno em si.

Há também relação entre a depressão e a saúde física. Doenças cardiovasculares, por exemplo, podem levar à depressão e vice e versa. Está demonstrado que os programas de prevenção reduzem a incidência da depressão. Entre as estratégias comunitárias eficazes para prevenir essa condição, estão os programas escolares que promovem um modelo de pensamento positivo entre crianças e adolescentes.

Intervenções direcionadas aos pais de crianças com problemas comportamentais podem reduzir os sintomas depressivos dos pais e melhorar os resultados de seus filhos. Os programas de exercício para pessoas idosas também podem ser eficazes para prevenir a depressão.

 

Diagnóstico e tratamento

Existem tratamentos eficazes para depressão moderada e grave. Profissionais de saúde podem oferecer tratamentos psicológicos, como ativação comportamental, terapia cognitivo-comportamental e psicoterapia interpessoal ou medicamentos antidepressivos.

Deve-se ter em mente a possibilidade de efeitos adversos associados aos antidepressivos, a possibilidade de oferecer outro tipo de intervenção (por disponibilidade de conhecimentos técnicos ou do tratamento em questão) e preferências individuais. Entre os diferentes tratamentos psicológicos a serem considerados estão os individuais ou em grupo, realizados por profissionais ou terapeutas leigos supervisionados.

Os tratamentos psicossociais também são efetivos para depressão leve. Os antidepressivos podem ser eficazes no caso de depressão moderada-grave, mas não devem ser usados para tratar depressão em crianças e tampouco são a primeira linha de tratamento para adolescentes. É preciso utilizá-los com cautela.

 

Mais informações

Secretaria Municipal de Saúde

Tel.: (14) 3811-1100 (ramal 122)

Email: [email protected].

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