Critério de pulseiras no PS Municipal é questionado

Saúde
Critério de pulseiras no PS Municipal é questionado 15 maio 2012

O presidente da Câmara Municipal de Botucatu, vereador André Rogério Barbosa, o Curumim (PSDB), utilizou seu espaço na última Sessão Ordinária da Casa para questionar os critérios de priorização no atendimento de pacientes no Pronto Socorro (PS) Municipal.

No requerimento nº 410/2012, o chefe do Legislativo solicita informações ? Secretaria Municipal de Saúde (WWW.saude.gov.br) referente aos critérios utilizados no Pronto Socorro Municipal, localizado na Vila Assumpção, para classificarem por gravidade as enfermidades relatadas pelos usuários.

O questionamento é motivado pelo fato de alguns pacientes receberem pulseiras indicativas de espera de mais de 4 horas para atendimento. Essas pulseiras são colocadas no pulso dos pacientes avaliados na pré-consulta feita na sala de triagem.

Após essa avaliação o paciente recebe uma pulseira com uma determinada cor que define o tipo de atendimento que vai receber e qual a prioridade. A cor azul é usada para casos de menor complexidade e sem problemas recentes (previsão mínima para o atendimento de quatro horas). A cor verde, para casos menos graves, que podem ser assistidos no consultório médico ambulatorial (previsão mínima de duas horas). Pacientes classificados com a cor amarela precisam de avaliação, mas têm condições clínicas para aguardar (previsão mínima de 15 minutos). Já a cor vermelha está relacionada ? necessidade do atendimento imediato.

Segundo a enfermeira chefe do PS de Botucatu, Estefânia Aparecida Thomé Franco este procedimento do uso de pulseiras está de acordo com as normas do Ministério de Saúde que visa priorizar o atendimento de emergência e não por ordem de chegada. Segundo ela, o problema maior de espera para o atendimento acontece ? s segundas-feiras, onde a procura é mais acentuada.

“Temos dados que nos revelam que em Botucatu muitas pessoas procuram o PS, sendo que o atendimento poderia ser feito nos postos de Saúde espalhados por diferentes bairros da Cidade. Por esta razão o número de pessoas que procura o PS fica acima de sua capacidade para proceder um atendimento rápido, gerando insatisfação. Estamos tentando disciplinar a população para que só procure o PS em caso de urgência para evitar esse período de espera”, disse a enfermeira.

Estefânia também aponta outro problema que contribui para essa demora no atendimento. “Atualmente temos três médicos plantonistas por período prestando atendimentos e o ideal seriam cinco profissionais. Mas, nosso maior desafio é disciplinar a população para que colabore com a gente e use com mais frequencia as unidades de Saúde dos respectivos bairros”, finaliza a enfermeira chefe.

Fotos: Valéria Cuter

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