Pneumologista do HC de Botucatu deu orientações sobre infecções desta época do ano
O inverno chegou e com ele as baixas temperaturas deverão ser mais frequentes. Este período do ano é marcado pela incidência de infecções respiratórias em todas as faixas etárias. Você sabe por qual motivo as pessoas ficam mais doentes neste período?
O Chefe do Serviço de Pneumologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) e docente da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB|Unesp), Hugo Hyung Bok Yoo, explica as razões pelas quais as pessoas adoecem com maior frequência nesta época do ano.
“O ar frio provoca estreitamento do calibre dos vasos sanguíneos (vasoconstrição) reduzindo a chegada das células de defesa no local. Além disso, a própria baixa temperatura resseca a mucosa das vias aéreas, reduz a mobilidade das células de defesa fazendo com que haja acúmulo de bactérias e vírus provocando tosse e aumento de secreção para serem eliminadas posteriormente”, explica o médico.
Outro aspecto que deve ser levado em consideração é que nos dias mais gelados as pessoas costumam ficar aglomeradas e isso facilita ainda mais a propagação das gotículas de secreção de uma pessoa infectada para outra por meio da tosse.
Síndromes gripais e prevenção
As infecções respiratórias mais comuns são resfriado causado por rinovírus, gripe por influenza, rinite, rinossinusite, bronquite, faringite, laringite, otite e pneumonias em geral.
Embora seja uma época do ano com maior incidência de infecções respiratórias é possível adotar medidas que diminuam as chances de se contrair algum tipo de infecção.
“Boa alimentação e hidratação são condições básicas de bem estar. Evitar lugares aglomerados e, caso seja inevitável, evitar distâncias próximas. Manter o ambiente de convívio sempre bem ventilado e umidificado para evitar que o ambiente fique muito seco”, pontua Hugo.
O especialista também lembra que “manter as mãos sempre limpas com água e sabão ou por meio de álcool gel e vacinação anti-influenza é recomendável principalmente para a população de risco (idosos, profissionais de saúde, portadores de comorbidades, trabalhadores de empresas e/ou de repartições, fábricas, etc).
Tratamentos
Quando o assunto é infecção respiratória, há várias formas de tratamento que variam de acordo com a causa e gravidade do caso. Medidas mais simples, como alimentação, hidratação e repouso são fundamentais.
“Também podem ser adotadas medidas medicamentosas que vão desde os sintomáticos, como antipiréticos, analgésicos, descongestionantes, antialérgicos e antitussígenos. Mas, dependendo da gravidade, ainda poderão ser indicados os antivirais e/ou antibióticos”, finaliza Hugo.
Em nenhuma hipótese é recomendável fazer automedicação sem uma orientação e avaliação de um profissional da saúde.
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