Comitiva de Botucatu tem nova reunião em Brasília por projeto de vacinação em massa da população

Saúde
Comitiva de Botucatu tem nova reunião em Brasília por projeto de vacinação em massa da população 23 abril 2021

Pesquisa clínica envolvendo Astrazeneca, Universidade de Oxford e Unesp Botucatu foi pauta do primeiro encontro

Marcelo Queiroga (Ministro da Saúde) e Mário Pardini (Prefeito de Botucatu) durante audiência em Brasília na última semana.

Uma comitiva de Botucatu, liderada pelo Prefeito Mário Pardini, deve se reunir no final da tarde desta sexta-feira, 23, com o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. A exemplo do que o ocorreu na última semana, o encontro deverá ser no Ministério da Saúde em Brasília.

Em pauta a proposta de realização de uma pesquisa clínica, que teria parceria com Astrazeneca, Universidade de Oxford, Fiocruz, Fundação Gates, Unesp/HCFMB, Prefeitura de Botucatu e Embaixada do Reino Unido. Entre muitos outros pontos, há expectativa da vacinação em massa da população da cidade neste estudo.

Na última quinta-feira, dia 15, a comitiva de Botucatu teve uma primeira audiência no Ministério. Participaram na oportunidade, além do Prefeito, o Reitor da Unesp, Professor Pasqual Barreti; o Professor e Infectologista da Unesp Carlos Magno Castelo Branco Fortaleza, membro do Comitê de Contingência contra COVID-19 do Estado e o Secretário Municipal de Saúde, André Spadaro, que já trabalhou com o atual Ministro (ambos são cardiologistas).

A nova audiência deve definir os próximos passos e cronograma de implantação do projeto de pesquisa. Em conversas nos bastidores o Prefeito de Botucatu adota cautela sobre a possibilidade do projeto se concretizar.

O projeto tem como objetivo avaliar a efetividade da vacina Astrazeneca/Oxford, associada ao sequenciamento genético das diferentes cepas variantes em circulação em Botucatu.

Fiocruz diz que vacina de Oxford tem efetividade contra variante P.1

A vacina Oxford/AstraZeneca contra covid-19, produzida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), estimula resposta imune capaz de fazer frente à variante P.1, que se espalhou rapidamente pelo Brasil depois de ter sido detectada pela primeira vez em Manaus. A avaliação é do vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, que apresentou hoje (22) estudos que indicam a efetividade da vacina “no mundo real”, quando a eficácia dos testes clínicos é posta à prova.

“Até o momento, as informações são de tranquilidade. Os dados são de que temos, sim, uma variante de preocupação, que tem, sim, uma capacidade maior de transmissibilidade. A gente está vendo um momento da pandemia muito difícil em boa parte do Brasil, mas a boa notícia é que, apesar de todas essas características, a vacina, nesse momento e para essa variante, tem a condição de ser utilizada como uma ferramenta de controle”.

A vacina de Oxford é uma das mais aplicadas no mundo atualmente e tem outras vantagens, como o custo mais baixo e a possibilidade de armazenamento em refrigeradores menos avançados, com temperaturas de 2 a 8 graus Celsius.

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