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A equipe médica do Hospital das Clínicas da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu e uma família de Cafelândia (SP) comemoram o sucesso de uma cirurgia cardíaca considerada inédita no Centro-Oeste Paulista e que salvou a vida de um jovem de 23 anos.
Jean Carlos Américo Ferraz Cardoso começou a sentir-se mal e foi internado Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) com endocardite, uma grave infecção no coração. Conforme a doença avançava, o coração enfraquecido já não bombeava sangue e o rim parou de funcionar.
Como o quadro piorava e não havia tempo de esperar por um transplante, os médicos optaram pela técnica de utilizar um coração artificial para manter o paciente vivo, enquanto o coração “de verdade” se recuperava.
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Segundo Marcello Laneza Felicio, chefe de cirurgia cardíaca do HCFMB, a utilização do coração artificial é mais comum como ponte para o transplante enquanto o paciente aguarda na fila. No caso de Jean Carlos, o coração artificial foi utilizado como forma de garantir recuperação do músculo cardíaco.
“Na verdade, o coração artificial manteve a circulação do paciente e aí aliviou sobrecarga no coração doente enquanto este órgão se recuperava juntamente com outros órgãos”, explicou Felicio.
O cirurgião conta que este procedimento é considerado inédito no Centro-Oeste Paulista e raro no país porque dificilmente é custeada pelo SUS, como foi no caso do Jean Carlos, e nem pelos planos privados. O resultado surpreendeu a todos na equipe – depois de 10 dias, o coração artificial pôde ser removido e Jean Carlos teve alta.
Nova fase
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Como ficou enfraquecido com a doença, aos poucos Jean Carlos precisa reaprender a fazer coisas básicas, como falar e comer. Por isso, a fisioterapia faz parte de sua rotina. Duas vezes por semana ele vai ao Centro de Saúde de Cafelândia onde o serviço é oferecido de graça.
Depois que saiu do hospital, Jean Carlos ganhou 10 quilos, ainda caminha com ajuda, mas ganhou bastante resistência muscular com os exercícios. A fisioterapeuta Daniela Callegari explica que o paciente chegou fraco e cansava com qualquer mínimo esforço.
“Ele já estava perdendo a flexibilidade muscular, a marcha dele já apresenta mais equilíbrio e a coordenação está melhorando. Lógico que tem muito caminho pela frente, mas o progresso já foi muito bom” diz a fisioterapeuta.
Portal G1
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