Embora o registro de casos tenha diminuídos nas últimas semanas em Botucatu a equipe da Vigilância Ambiental em Saúde (VAS), vinculada ? Secretaria Municipal de Saúde, procura alertar ? população sobre os perigos que o caramujo gigante africano causa ? saúde. No período de chuvas, sua reprodução é acelerada, o que aumenta as chances de contágio de doenças pelo ser humano, que dependendo da intensidade, podem provocar a morte da pessoa infectada.
O caramujo gigante africano é um molusco nativo do nordeste da África. Possui alta capacidade reprodutiva (coloca até 1600 ovos por ano) e apetite voraz, alimentando-se de frutas, verduras, hortaliças, papelão, plástico e até mesmo tinta de parede. Além disso, não possui predador natural, o que favoreceu sua rápida proliferação por 23 estados brasileiros, sendo atualmente considerada uma praga urbana.
É um hospedeiro intermediário de dois vermes que podem causar distintas doenças. Uma é a angiostrongilíase abdominal, que provoca fortes dores abdominais, febre, perda do apetite e vômitos, podendo culminar com a perfuração do intestino, hemorragias e em alguns casos, levar ? morte. A outra doença é a meningite eosinofílica, que ocorre quando o verme se aloja no sistema nervoso central do paciente, provocando a inflamação das meninges (membranas que recobrem o cérebro). Tem como sintomas dor de cabeça forte e constante, rigidez da nuca e distúrbios do sistema nervoso.
Os vermes podem ocorrer tanto no interior dos caramujos, quanto no muco que eles secretam para se locomover. Por isso a pessoa não deve pegar o caramujo sem proteger as mãos com luvas ou sacos plásticos; higienizar frutas, verduras e hortaliças antes de ingeri-las; não comer, não beber, não fumar e não levar a mão ? boca durante o manuseio do caramujo e conservar quintais e terrenos limpos, pois os caramujos africanos gostam de ficar embaixo de folhas, de entulhos, em lugares úmidos ou sem incidência de luz solar.
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