Botucatu tem alto índice de infestação do mosquito Aedes aegypti, diz avaliação

Saúde
Botucatu tem alto índice de infestação do mosquito Aedes aegypti, diz avaliação 01 fevereiro 2022

ADL apontou que 5,4% dos imóveis trabalhados estavam com larvas de Aedes aegypti

A Vigilância Ambiental em Saúde realizou neste mês de janeiro a atividade de Avaliação de Densidade Larvária (ADL), que tem por objetivo medir o índice de infestação do mosquito Aedes aegypti em sua fase larvária e identificar quais são os recipientes existentes nos domicílios que estão se tornando criadouros deste inseto.

O ADL apontou que 5,4% dos imóveis trabalhados estavam com larvas de Aedes aegypti. Este índice representa risco de transmissão, pois a classificação proposta pelo Ministério da Saúde é de que, no caso de menos de 1% dos imóveis avaliados estiverem com larvas, o resultado é satisfatório.

Se o apontado for de 1 a 3,9% dos imóveis, representa sinal de alerta e acima de 4% risco de transmissão das arboviroses como a dengue, Chikungunya e Zika vírus.

A região norte apresentou um índice de 3,33%, a sul 6,14%, a região leste 4,67% e região a central/oeste 7,5%.

Chuvas frequentes, temperaturas elevadas, combinadas com a grande oferta de recipientes existentes nos domicílios, em condições de acumular água parada, tem favorecido a proliferação do mosquito transmissor da dengue.

“Quanto maior o índice de infestação do Aedes aegypti, maior é a chance de circulação das arboviroses no município. Em 2022, foram confirmados dois casos importados de dengue. Portanto, precisamos estar atentos e tornar o ambiente impróprio à proliferação de mosquitos”, afirmou Valdinei Campanucci, Supervisor de Serviços de Saúde Ambiental e Animal.

A pesquisa larvária identificou que 75% dos criadouros encontrados pelos agentes eram recipientes que faziam parte da estrutura da edificação ou úteis mal armazenados acumulando água parada. Os outros 25% foram recipientes sem utilidade que não foram armazenados e/ou descartados adequadamente.

Principais criadouros de mosquitos identificados no ADL:

•             Calhas e ralos: realizar limpeza e manutenção adequada para um bom escoamento d’água;

•             Caixas d’água e outros reservatórios: mantê-los bem vedados de forma a evitar que o mosquito tenha acesso;

•             Vasos sanitários e caixas de descarga com pouco uso: dar descarga ao menos duas vezes por semana e se possível mantê-los vedados;

•             Pratos de plantas: o ideal seria removê-los ou mantê-los furados de forma a não acumular água da chuva;

•             Brinquedos, latas, potes, entre outros utilizáveis: mantê-los organizados em local coberto de forma a não acumular água da chuva;

•             Bebedouros de consumo animal: não basta trocar a água do recipiente, é preciso esfregá-lo com bucha e sabão ao menos duas vezes por semana;

•             Pneus: mantê-los abrigados e/ou cobertos de forma a não acumular água parada;

•             Materiais inservíveis (latas, potes, plásticos, sucatas, entre outros): armazená-los ao abrigo da chuva até o seu descarte correto.

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