Botucatu se aproxima de 100 casos confirmados de dengue

Saúde
Botucatu se aproxima de 100 casos confirmados de dengue 14 março 2015

A cada dia existe aumento no número de pessoas infectadas pela dengue em Botucatu.  A Secretaria Municipal de Saúde informa que até à tarde desta sexta-feira (13) a dengue já havia infectado 92 pessoas de Botucatu: 25 casos importados e 67 autóctones. São 39 casos a mais em relação ao último boletim emitido na quarta-feira (11). Ainda são aguardados os exames laboratoriais de outros 102 casos suspeitos. As regiões Leste e Norte continuam a liderar o número de casos identificados.

O último levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde, de 1º de janeiro a 7 de março deste ano, apontava mais de 224,1 mil casos de dengue confirmados em todo o Brasil, com 52 óbitos. No mesmo período de 2014 foram 85.401 casos, e 76 mortes relacionadas à doença.  

A preocupação com o avanço da dengue é relevante visto não apenas o atual período de chuvas, mas também pelo número elevado de materiais que acumulam água e continuam a ser encontrados pelos agentes de saúde pública em residências e terrenos baldios do Município. 

Pratos e vasos de plantas, calhas e ralos entupidos, bebedouros para animais de estimação, piscinas, bromélias ou qualquer objeto exposto à chuva e que acumule o mínimo de água pode ser um potencial criadouro. Até uma simples casca de ovo ou uma imperfeição no piso pode ser um canal para a proliferação do mosquito.

A Avaliação de Densidade Larvária (ADL) realizada em janeiro deste ano apontava índice de 5,5. Isso representa que a cada 100 imóveis pesquisados na Cidade, uma média de cinco a seis imóveis tem focos com larvas do mosquito transmissor da dengue. O preconizado como satisfatório pela Organização Mundial da Saúde é abaixo de 1. Ou seja, o risco de surto de dengue é real.

 

Educação

Na guerra contra a dengue em Botucatu, a Secretaria Municipal de Saúde, através da Vigilância Ambiental em Saúde,  em parceria com a Secretaria de Educação, realizou uma reunião com  todas as gestoras da Rede Municipal de Ensino; diretoras da rede estadual e de escolas particulares (foto), para conscientização e divulgação das ações realizadas contra o mosquito Aedes aegypti.

A reunião contou com a presença do Coordenador da Vigilância Ambiental, Rodrigo Iais da Silva e do médico Infectologista Dr. Paulo Machado, onde expuseram a realidade da contaminação no Município e através de um vídeo e de folder explicativo, as formas de controle baseado principalmente no combate a focos do mosquito.

De acordo com Machado, a participação das escolas nessas ações é de suma importância. “Através de atividades em sala de aula, os professores passarão aos seus alunos  que a melhor forma de evitar a proliferação da doença é combatendo o mosquito, evitando locais com acumulo de água”, explica. 

“Em Botucatu  temos praticamente uma escola em cada bairro da Cidade e os diretores que estão aqui nesta reunião servirão como multiplicadores e nos ajudarão junto aos moradores da sua comunidade a  importância no combate aos criadouros, da limpeza de quintais e terrenos”, argumenta a secretária municipal de Educação, Alessandra Lucchesi de Oliveira.

 

Sintomas da dengue

A dengue é uma doença infecciosa febril aguda que pode ter manifestações assintomáticas até quadros graves e fatais. Ela é causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes), ocorrendo principalmente nos países tropicais, onde as condições são favoráveis à proliferação do seu vetor: o Aedes aegypti.

O vírus da dengue possui quatro sorotipos: Denv 1, Denv 2, Denv 3 e Denv 4. Estes quatro sorotipos já circulam no Brasil. Desde 1990, quando se estabeleceu a transmissão de dengue no Estado de São Paulo, o padrão epidemiológico da doença tem apresentado períodos de baixa transmissão intercalada com a ocorrência de epidemias, estas geralmente associadas à introdução de novo sorotipo ou à alteração do sorotipo predominante. 

Muitos também costumam confundir sintomas da dengue com as de gripes e resfriados. No caso das doenças respiratórias, febre e dores de cabeça e muscular costumam ser de baixa e média intensidade, além de virem acompanhadas por dor de garganta, tosse, secreção nasal e espirros, o que não ocorre na dengue.  

Os sintomas característicos da dengue são: febre alta [acima de 38°C], dores intensas de cabeça, no fundo dos olhos, e por todo corpo, onde também podem aparecer manchas vermelhas.

Ao identificar esses sinais clássicos de dengue, a pessoa deve procurar atendimento médico imediatamente e ficar em repouso permanente de 10 a 15 dias. Neste período, aa Secretaria Municipal da Saúde, através da VAS, iniciará todas as atividades necessárias para evitar a transmissão da doença no Município.

 

Dicas para combater o mosquito

 

• Manter a caixa d’água sempre fechada e vedada adequadamente 

• Limpar periodicamente as calhas da casa 

• Não deixar acumular água sobre lajes, imperfeições do piso e recipientes 

• Lavar, com escova e sabão, a parte interna e borda de recipientes que possam acumular água (ex: bebedouros de animais) 

• Não expor recipientes à chuva, deixando eles sempre em lugares cobertos e de cabeça para baixo 

• Jogar desinfetante, detergente ou sabão em pó em ralos pouco utilizados 

• Não deixar acumular água nos pratos dos vasos de plantas]

 

Você sabia?

 

Para se ter ideia, um ovo de um mosquito da dengue consegue ficar mais de um ano grudado em um recipiente. Se essa superfície não for lavada adequadamente, com água e sabão, uma simples chuva pode fazer o ovo eclodir e surgir novos insetos em menos de dez dias. O Aedes aegypti mede menos de um centímetro, tem aparência inofensiva, cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas pernas.

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