Após vacinação, estudo em Botucatu investigará a efetividade da 1ª dose do imunizante Oxford/AstraZeneca contra variantes

Saúde
Após vacinação, estudo em Botucatu investigará a efetividade da 1ª dose do imunizante Oxford/AstraZeneca contra variantes 30 maio 2021

Início de estudo em Botucatu após aplicação da primeira dose

Foto cedida por Wellington Alves ao Acontece Botucatu

Botucatu vacinou mais de 76 mil pessoas no estudo clínico da Oxford/AztraZeneca/Fiocruz sobre o Coronavírus e suas variantes. No total eram previstas aproximadamente 80 mil doses e a Prefeitura chegou a fazer uma busca ativa na zona rural.

Nessa ação que teve três etapas oi aplicada a primeira dose, sendo que o intervalo indicado pela fabricante é de 12 semanas para a aplicação da segunda dose, ou seja, 3 meses. Mas o estudo já está em prática e a partir de agora a pesquisa se baseará na efetividade de uma única dose do imunizante de Oxford/AstraZeneca contra as várias cepas que circulam no Brasil.

Depois disso, será aplicada mais uma dose em toda população adulta de 18 a 60 anos que já se imunizou. A ação deverá ocorrer entre os dias 08 e 09 de agosto.

A partir de então, o projeto estudará a efetividade do reforço, ou seja, da segunda dose aplicada e qual sua cobertura e eficácia nas mais diferentes condições. Serão no total 6 meses de estudo em Botucatu.

Um dado interessante é que nem apenas a população vacinada será assistida, mas também aqueles que não receberam a imunização, como aqueles que residem em municípios vizinhos. O objetivo é identificar as possíveis variantes.

Novos casos, internações e óbitos também serão registrados como parte do estudo. Essa é uma das diferenças em relação ao estudo de Serrana, que também vacinou sua população, mas com a Corovac. Nesse contexto, a pequena cidade do interior focará apenas em seus moradores.

 

O estudo 

Foto Acontece Botucatu

A vacinação em massa em Botucatu faz parte do projeto de estudo da vacina produzida pelo laboratório Astrazeneca, Universidade de Oxford e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), elaborado pela parceria entre a Prefeitura, Ministério da Saúde, Governo Federal, Unesp, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, e Fundação Gates. A pesquisa quer mapear o sequenciamento genético do vírus na cidade com as várias cepas circulantes.

A pesquisa foi aprovada pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) no mês de abril. As doses da vacina AstraZeneca/Oxford foram doadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) ao estudo. O município tem cerca de 150 mil habitantes – 106 mil são maiores de 18 anos.

Trata-se de um estudo clínico muito complexo. A proposta de realização dessa pesquisa envolve o laboratório AstraZeneca, Universidade de Oxford, Fiocruz, Fundação Gates, Unesp/HCFMB, Prefeitura de Botucatu e Embaixada do Reino Unido.

Além da efetividade contra as variantes, a pesquisa servirá de subsídio para comparar o quão eficiente foi a vacinação em massa em relação aos outros municípios da região. Botucatu conta com uma unidade do Hospital das Clínicas da Unesp, o que faz do município um polo de referência em relação às localidades vizinhas.

O estudo terá uma duração estimada de seis meses, que incluirá a aplicação das duas doses e o acompanhamento da população que recebeu essas vacinas.

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