No último sábado, Polícia Militar e Guarda Civil Municipal registraram um caso de danos ao patrimônio público no Pronto Socorro Adulto da Vila Assunção. No local, uma mulher quebrou alguns objetos e precisou ser contida por policiais.
A revolta tinha um motivo, demora no atendimento. Segundo informações, a mulher de 27 anos estaria cobrando o fato de sua irmã, que estaria sofrendo com dor dente, não ser atendida.
Semanalmente a Polícia Militar é acionada para acalmar os ânimos de pessoas que se revoltam com a demora no atendimento. Após os incidentes, o Hospital das Clínicas, que faz a gestão compartilhada PS, emitiu uma nota sobre o assunto.
Assinada pelo Superintendente do HC, Professor Emílio Curcelli, a nota aborda o fato ocorrido no fim de semana e ainda dá explicações sobre o atendimento prestado na Vila Assunção. Salienta que muitos casos poderiam ser resolvidos nas Unidades Básicas de Saúde.
“O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) informa que o Pronto-Socorro Adulto vem atendendo demanda crescente com média 300 atendimentos por dia. No entanto, o número de médicos e enfermeiros em atividade se mantém dentro esperado. O atendimento no PS, como é natural, prioriza os pacientes com maiores agravos à saúde e potencial risco de vida, obedecendo, para isso, os critérios de classificação de risco. Em uma escala de prioridade, são atendidos os pacientes mais graves e/ou com risco iminente de perder a vida.
Em análise realizada mensalmente pelo Pronto-Socorro Adulto, é possível verificar que 80% dos atendimentos estão entre “verdes e azuis”, ou seja, os pacientes classificados como não urgentes aguardam por um tempo maior, dependendo da demanda de reais urgências. Nota-se que a maioria desses casos poderia ser resolvida por meio de consultas em unidades básicas de saúde.
Quanto ao acontecido no último sábado, fato que está sob investigação policial, o HCFMB lamenta o ocorrido, lembra que tais fatos somente prejudicam ainda mais o atendimento em uma unidade que está sempre sobrelotada, acarreta dano ao patrimônio público e exige, para o reestabelecimento pleno da unidade, o remanejamento de recursos, que acabarão fazendo falta em outro setor. Desta maneira, salienta que repudia atos de destruição de patrimônio público, principalmente aqueles que envolvam violência”, diz a nota do Hospital das Clínicas.
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