Apesar de números bem menores que o pico de 2021, HCFMB diz que está no limite
A Prefeitura de Botucatu divulgou na noite desta terça-feira, 25, seu boletim coronavírus, onde de certa forma questiona a posição do Hospital das Clínicas que cita uma situação de quase colapso dos leitos para Covid. O Secretário de Saúde André Spadaro citou números e fez comparações com o pior momento da pandemia em 2021.
Na tarde de hoje o HCFMB divulgou uma ‘Carta Aberta’ sobre a situação, onde diz que está trabalhando no limite. A nota não cita números, mas hoje a autarquia tem 8 pacientes com Covid em UTI e 51 pessoas em enfermaria, cenário que compreende quase 70 municípios (números divulgados pela Prefeitura).
No momento mais dramático da pandemia em 2021, o HC chegou a trabalhar com uma porcentagem de 120% de seus 40 leitos habilitados na UTI/Covid. Eram 144 pessoas em enfermaria no apontamento mais alto no mês de junho.
Somente de Botucatu eram 111 pessoas internadas naquele momento, sendo que 38 estavam em UTI. Hoje são 11 pacientes hospitalizados nas redes, com 2 na UTI.
André Spadaro questiona o fato de não ter ocorrido um colapso naquela oportunidade, diante da Carta do HCFMB que cita um cenário de limite neste momento, mesmo com números bem inferiores.
São dez vezes menos pacientes de Botucatu internados no geral e dezenove vezes menos pacientes de Botucatu em UTI quando comparado com o pico de internações em junho de 2021, disse Spadaro em parte do boletim coronavírus divulgado.
Assista ao vídeo abaixo.
O que disse o Hospital das Clínicas
Na chamada Carta Aberta, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu cita que os espaços para isolamento estão escassos. Diz também que o número de internados aumentou consideravelmente, mesmo com os níveis de ocupação mais baixos citados por Spadaro.
Com o avanço da variante Ômicron e a redução das medidas essenciais de prevenção, o número de pacientes internados em nosso complexo hospitalar com Covid-19 aumenta consideravelmente. Os espaços para isolamento estão limitados e o alto número de profissionais afastados por síndrome gripal impacta no atendimento. Em paralelo, o número de pacientes com diferentes tipos de doenças que precisam de atendimento aumenta a cada dia. O HCFMB reitera mais uma vez que neste momento está atuando acima da capacidade e todas as unidades do complexo não podem mensurar o tempo de atendimento. Continuamos todos os dias analisando o fluxo de atendimento e reforçando a conscientização e prevenção entre a população, servidores e principalmente pacientes, diz parte da nota.
Veja Carta do HCFMB na íntegra
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