1.500 já pessoas foram infectadas no HC de Botucatu

Saúde
1.500 já pessoas foram infectadas no HC de Botucatu 04 janeiro 2014

Uma pesquisa muito preocupante foi divulgada na Rede Globo através do G1 de Bauru e Marília sobre uma avaliação feita por pesquisadores que acompanharam cinco mil pessoas no Hospital das Clínicas (HC) de Botucatu. Eles descobriram que no verão, o índice de infecções hospitalares aumenta em 57%. Por meio de amostras de sangue, 1,5 mil estavam contaminados por bactérias dentro da unidade de saúde botucatuense.

Os pesquisadores querem ampliar o estudo e analisar dados de hospitais de outras regiões do país para saber se o índice de infecções hospitalares também aumentou nesta época do ano. “São bactérias que são responsáveis por uma série de doenças, como pneumonias, infecções cirúrgicas, infecções urinárias, e também as chamadas sepsis, que são situações em que a bactéria é diretamente inoculada na corrente sanguínea a partir de um acesso vascular, como uma veia que é utilizada para infundir o medicamento”, explicou o coordenador da pesquisa, Carlos Magno Fortaleza.

A proliferação das bactérias aumenta ainda mais nos dias quentes e úmidos. E a porção é preocupante para um hospital do porte do HC de Botucatu. Para cada grau a mais nos termômetros, o risco de novos pacientes serem contaminados chega a 13% em um mês. Os pesquisadores descobriram ainda que o aumento de infecções hospitalares é provocado também pela falta de um hábito simples: parte dos profissionais e pacientes não está lavando bem as mãos.

O ideal é que cada pessoa gaste pelo menos dois minutos com a higiene das mãos, mas por causa do número de pacientes e da correria, seria quase impossível. O jeito é conscientizar e, por isso, uma campanha feita no hospital mostra como lavar as mãos corretamente.

“Você tem que dar importância para o meio dos dedos, entre o dedão é um lugar muito importante de se lavar. Principalmente as mãos. Se atentar as mãos, tirar adorno, aliança, pulseira, isso é legal tirar, entre os punhos, e depois você enxágua”, ensinou a técnica de enfermagem, Carolina Gomes Bassetto.

O estudo sugere que as campanhas de prevenção de infecção hospitalar sejam feitas no verão, entre dezembro e março. Atualmente elas são realizadas em maio. O médico Carlos Fortaleza avisou que outras medidas precisam ser tomadas. “Nós temos a necessidade do controle ambiental. Não permitir reservatórios ambientais, ou seja, um rigor na higiene do ambiente. A identificação dos pacientes que têm essas bactérias, o isolamento destes pacientes para que eles não contaminem os outros e uma série de outras normas técnicas que bem aplicadas reduzem ao mínimo a incidência de infecções hospitalares”.

A campanha também ajudou a mudar o comportamento de pacientes e acompanhantes. Eles estão mais atentos ? higiene quando entram e saem do hospital. “Eu trago alguma coisa em sacola. Também lavo a mão toda hora, procuro usar copo descartável. Chega em casa já tiro toda a roupa. É o mínimo que a gente pode fazer”, completou Ivone Soares Ferreira.

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