No próximo dia 27 de novembro (sábado) estará em Pardinho o espetáculo Corpo Vivo Carrossel das Espécies da Companhia Teatron Dança Ivaldo Bertazzo, que vem para a cidade, após sua temporada no Sesc Pinheiros, na capital e está realizando sua turnê pelo interior do estado.
O espetáculo marca a comemoração do 2º aniversário do Centro Max Feffer Cultura e Sustentabilidade (13/12) e encerra a sua programação anual de eventos culturais com chave de ouro. A realização é do Instituto Jatobás, que tem o apoio da Prefeitura Municipal de Pardinho, com o propósito de enriquecimento cultural da comunidade, por meio do acesso a eventos diversificados e de qualidade.
{n}O espetáculo{/n}
De maneira lúdica e bem humorada Corpo Vivo Carrossel das Espécies traz para o palco uma das principais reflexões do homem: a preservação e a degeneração do corpo. Propõe uma analogia entre a evolução humana e de outras espécies como as aves e répteis, apontando as vantagens, peculiaridades e o preço que cada um arca em sua existência.
Com um corpo de 17 bailarinos, o grupo põe a idéia de confrontação das espécies, por meio da interpretação da dança, da música e das expressões teatrais. Momentos de interatividade acontecem durante o espetáculo, propondo que o público se dê conta da importância do corpo como instrumento de todas as ações cotidianas, como o ato de piscar ou a deglutição e os problemas quando essas ações mecânicas falham. Corpo Vivo Carrossel das espécies faz parte de um projeto maior que abarca também o lançamento do livro Corpo Vivo – Reeducação do Movimento, Edições Sesc-SP, e uma série de palestras e workshops.
{n}O elenco{/n}
O ator Rubens Caribé, conhecido por seus diversos trabalhos na televisão e no teatro, interpreta um monge que se dedica ? filosofia e aos estudos da anatomia de diversas espécies animais, deparando com situações e personagens inusitados.
A mezzo soprano Regina Mesquita, empresta a voz a diversos personagens, num roteiro musical que segue desde o compositor Nino Rota, celebre por suas composições para clássicos do cinema, The Carpenters e canções regionais brasileiras. O roteiro tem a assinatura de Marília Toledo, a direção cênica de Suzana Mafra, a direção musical de Ruben Feffer e a iluminação de Wagner Freire.
{n}Idealizador e diretor{/n}
Ivaldo Bertazzo é um dos mais conhecidos coreógrafos brasileiros, e está entre as referências no assunto, com várias participações especiais e quadros em programas de televisão.
Desde os anos 70, vem desenvolvendo trabalhos com pessoas comuns, de diferentes classes e profissões, todos engajados na educação do corpo e transformação do gesto como manifestação da própria individualidade batizados por ele de “Cidadãos Dançantes”.
Paulistano da Mooca, Ivaldo iniciou a carreira ainda com 16 anos, percorrendo países por todos os continentes, adquirindo conhecimento e acumulando experiências.
Currículo que culminou no desenvolvimento de um método próprio de expressão, aliando a dança e a fisioterapia, com o estudo do funcionamento do aparelho locomotor e da biomecânica humana. “No corpo, operam-se sempre nossas transformações. Ele é nosso primeiro instrumento, nosso primeiro limite, e nos ensina o senso primário de organização e desorganização”, afirma Bertazzo. O projeto Corpo Vivo tem sua origem no Dança Comunidade, desenvolvido em parceria com o SESC SP, patrocinado pela Petrobrás e pelo Instituto Votorantin desde 2003.
É composta por bailarinos de 18 a 24 anos, e tida como exemplo de projeto educacional, social e artístico, que abandonou o modelo assistencialista para que os jovens das periferias de São Paulo pudessem ingressar no mercado formal de trabalho.
Fotos: Divulgação
Compartilhe esta notícia