Região integrará ‘corredor caipira’ de reflorestamento

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Região integrará ‘corredor caipira’ de reflorestamento 30 março 2021

Projeto de pesquisadores da USP vai reflorestar áreas e interligar fragmentos de florestas entre Piracicaba e Anhembi, com reflexos na região de Botucatu

Minimizar os impactos da fragmentação florestal e do isolamento de espécies em diferentes municípios do interior paulista é a proposta do Corredor Caipira – Conectando Paisagens e Pessoas. O projeto vai implantar 45 hectares de florestas e agroflorestas, o equivalente a 45 campos de futebol, e formar corredores agroecológicos que conectam importantes fragmentos florestais no estado, entre Piracicaba e Anhembi, com reflexos na região de Botucatu.

A iniciativa é coordenada pela Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq), ligada à USP, e conta com patrocínio da Petrobras. O coordenador geral é Edson Vidal, professor de Manejo de Florestas Tropicais Nativas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) em Piracicaba. Entre os parceiros, estão comunidades locais, pesquisadores, educadores, empresas, instituições de pesquisas e órgãos ambientais.

O projeto tem como foco a conservação da fauna e flora em uma área que abrange Piracicaba, São Pedro, Águas de São Pedro, Santa Maria da Serra e Anhembi. “Outros 13 municípios (Avaré, Analândia, Bofete, Botucatu, Charqueada, Corumbataí, Guareí, Ipeúna, Itatinga, Itirapina, Pardinho, Rio Claro e Torre de Pedra) serão beneficiados indiretamente, por meio do auxílio na definição de áreas prioritárias para restauração florestal, com intuito de melhorar a conectividade entre matas nativas”, diz nota da Fealq.

Segundo a Fundação, ao criar corredores ecológicos, que vão unir fragmentos florestais atualmente isolados, essas áreas representarão contínuos ambientais importantes para processos ecológicos, como polinização e dispersão de frutos e sementes. Segundo o engenheiro florestal Germano Chagas, um dos coordenadores técnicos, o processo de desmatamento tem levado ao isolamento das populações de espécies existentes entre esses fragmentos. “É muito importante conservar a genética dessas espécies que sofrem com o processo de degradação ambiental e estão começando a sumir de nossas matas”, diz.

Fonte: JCNet

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