Prefeito cassado de Bofete quebra cadeado para ‘retomar’ gabinete

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Prefeito cassado de Bofete quebra cadeado para ‘retomar’ gabinete 08 fevereiro 2018
Foto: TV TEM/Reprodução

Moradores de Bofete viveram um impasse em relação ao chefe do Executivo nesta quinta-feira (8). Durante todo o dia houve dúvida sobre quem estava à frente da cidade de pouco menos de 10 mil habitantes, localizada no Centro-Oeste Paulista.

A disputa se deu entre o prefeito, Dirceo Antonio Leme de Melo (PTB) – cassado pelos vereadores em uma sessão realizada na segunda-feira (5) -, e o presidente da Câmara, Luís Antônio Ramos (PSDB) – que assumiu o cargo após a cassação. O presidente da Câmara assumiu o Executivo porque o vice-prefeito, Elias Antunes da Silva, renunciou ao cargo no ano passado alegando motivos pessoais.

Durante a manhã, Dirceo protagonizou um intenso bate-boca com Luís Antônio. Na tentativa de reassumir seu cargo, o prefeito então cassado chegou até a estourar um cadeado. A Polícia Militar foi à prefeitura e acompanhou a confusão. O impasse se deu porque, após a cassação, Dirceo Melo recorreu à Justiça e conseguiu um mandado de segurança em caráter liminar suspendendo o processo de cassação.

Para festejar essa decisão judicial, Melo chegou a dançar na rua com aliados o refrão do hit “Que Tiro Foi Esse?”, da cantora Jojo Todynho. Já Luís Antônio Ramos afirmou que não tinha sido notificado da decisão e que, por isso, não deixaria o cargo. A Câmara também disse, através de sua Procuradoria Jurídica, não ter sido notificada formalmente por um oficial de Justiça, mas que o advogado do prefeito protocolou o documento.

Ainda conforme a Câmara, o setor jurídico acha a decisão da Justiça muito obscura e que irá se manifestar para defender os interesses do Legislativo. Se a Justiça invalidar a cassação, não será necessária sessão para oficializar o retorno do prefeito Dirceo.

O processo

Dirceo Antônio Leme de Melo teve o mandato cassado, por 8 votos contra 1, após ser investigado por uma Comissão Processante que encontrou irregularidades em compras e na contratação de serviços pela prefeitura.

Segundo o relatório da comissão, a prefeitura comprou peças para carros que não são da frota da prefeitura e contratou serviços de frete e de terraplanagem que não teriam sido feitos. O prejuízo causado seria de mais de R$ 35 mil aos cofres públicos.

Fonte: Portal G1

 

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