Polícia Civil investiga mulher que simulou câncer para pegar remédios em Areiópolis

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Polícia Civil investiga mulher que simulou câncer para pegar remédios em Areiópolis 21 março 2023

Inquérito foi instaurado pela Delegacia de Areiópolis e suspeita, já indiciada, pode responder por pelo menos três crimes

A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar uma moradora de Areiópolis que teria simulado ser vítima de um câncer para arrecadar remédios e insumos da rede municipal de saúde, e até mesmo dinheiro de populares, por meio de rifas e doações. O nome dela não será divulgado em razão da ocorrência ainda estar na fase de apuração.

O caso chegou até a Delegacia de Areiópolis por meio das Diretorias Municipais de Saúde e de Promoção Social. Segundo boletim de ocorrência (BO) registrado pelo Executivo no último dia 14, a moradora, de 27 anos, procurou a unidade de saúde local, no ano passado, e apresentou documentos atestando que estava com leucemia mielóide aguda.

A mulher alegou que estava se submetendo a tratamento em um hospital de referência contra a doença em Jaú e, desde agosto, passou a requerer vários medicamentos, insumos e até alimentos para auxiliar em seu processo de recuperação. Ainda de acordo com o BO, ela também realizava bingos e pedia ajuda financeira aos membros da comunidade.

A investigada era assistida, ainda, por um grupo de um município vizinho que auxilia pessoas com câncer por meio da doação mensal de alimentos. Recentemente, funcionárias da Prefeitura de Areiópolis passaram a desconfiar da veracidade dos documentos apresentados pela moradora e a receber algumas denúncias de que ela não tinha leucemia.

No hospital de Jaú, as servidoras foram oficialmente informadas de que a mulher nunca havia se submetido a tratamento oncológico no local e obtiveram a confirmação de que lista de insumos e laudo de biópsia com data do ano passado apresentados por ela à unidade de saúde de Areiópolis eras falsos e não haviam sido emitidos por equipe da unidade.

Os prejuízos que a investigada teria causado aos cofres municipais, com a retirada indevida de insumos e medicamentos, teriam chegado a R$ 27 mil. Segundo o delegado seccional de Botucatu, Lourenço Talamonte Netto, a suspeita já foi indiciada e irá responder pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e falsificação de documento público.

Fonte: Jc Net/Sampi

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