Efetuando patrulhamento na cidade de Anhembi, que tem uma população aproximada de cinco mil habitantes e fica ? s margens do Rio Tietê, o 2º Pelotão de Polícia Militar Ambiental de Botucatu, com os policiais sargento Almeida e soldados Silveira, Osvaldo e Airton, fizeram uma grande apreensão de peixes de diferentes espécies, oriundos da pesca ilegal e predatória.
Foram 600 quilos de peixes exóticos conhecidos, popularmente, como tilápias já cortadas em filés e 40 quilos sem cabeça (tilápia-porquinho), além de 300 quilos de espécies nativas da região como o cascudo, corvina, curimbatá, caborja, piranha e mandi amarelo, ou mandiúva, este ameaçado de extinção.
Os peixes estavam armazenados em caixas plásticas, acondicionados em câmaras frias em uma casa na região central da cidade que tem na pesca o principal meio de vida da maioria da população. A casa fica a menos de 100 metros da margem do Rio Tietê e o local estava sendo utilizado como um entreposto clandestino de pescado.
Como estamos na época da piracema (época da desova dos peixes), qualquer captura de peixes nativos na Bacia Hidrográfica do Rio Paraná se caracteriza em crime ambiental. Nós recebemos uma denúncia anônima de que naquela casa os peixes estavam sendo armazenados de maneira irregular e constatamos a irregularidade, colocou o sargento Almeida.
A dona do pescado não soube explicar a procedência dos peixes armazenados e foi conduzida ? delegacia de polícia, onde pagou a fiança estipulada pela autoridade policial civil e foi liberada. Entretanto, recebeu uma multa de R$ 960.000,00 e deverá responder processo por prática de pesca ilegal que caracteriza em crime ambiental.
Os peixes foram encaminhados para o aterro sanitário de Botucatu, pois o consumo da carne seria um risco ao consumidor, já que são manuseados sem qualquer norma de higiene, podendo estar contaminada com diferentes tipos de bactérias nocivas ? saúde humana. Os peixes foram inspecionados por um médico veterinário.