Uma parceria com a ONG Instituto Pró-Carnívoros e o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (CENAP) do ICMBio/MMA e a AES Tietê tem contribuído para o avanço de estudos e pesquisas de conservação ambiental.
Os projetos Pardas do Tietê e Lobos do Pardo focados na onça-parda e no lobo-guará, ambas espécies ameaçadas de extinção, têm como objetivos principais compreender os riscos às espécies no interior do Estado de São Paulo e como os animais vivem nas proximidades dos reservatórios.
O projeto Pardas do Tietê teve início em 2013 quando a AES Tietê identificou, por meio de imagens nas câmeras de segurança da Usina Hidrelétrica de Promissão, a presença de onças-pardas na região. A ocorrência desses felinos geralmente indica que o ambiente ainda oferece boas condições que permitem a sua sobrevivência, assim como as espécies das quais as onças se alimentam.
Entre 2013 e 2016, o projeto monitorou quatro onças-pardas, dois machos e duas fêmeas. Atualmente, em sua segunda fase, iniciada em 2017, o projeto já capturou três machos e uma fêmea. Destes quatro novos animais apenas três são monitorados no momento. Um dos colares, cuja tecnologia é bastante avançada e específica, apresentou problemas após a devolução da onça à natureza. Segundo os pesquisadores, os animais, com idades entre 2 e 4 anos, fazem longas jornadas e chegam a percorrer mais de 120 km. O trajeto de uma dessas onças, neste período de monitoramento, passou pelas regiões de Barra Bonita, Macatuba e Américo Brasiliense.
Em 2018 a parceria com a ONG Instituto Pró-Carnívoros resultou no acompanhamento dos lobos-guarás na região da bacia do Rio Pardo. Por meio de armadilhas fotográficas instaladas em locais de possível percurso desses animais, foram obtidas mais de 150 imagens de diversos lobos. Com este resultado, os especialistas puderam analisar hábitos da rotina desses lobos.
Os pesquisadores realizaram a captura de três lobos-guarás e com o auxílio das coleiras com GPS, passaram a conhecer o dia a dia deles. Assim, dois machos e uma fêmea tiveram um checkup de sua saúde realizados, e receberam os colares.
Com o acompanhamento da espécie via GPS, os pesquisadores identificaram a proximidade dos lobos às estradas e rodovias, o que pode gerar riscos à sua sobrevivência.
Fonte: Jcnet
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