Observatório da Unesp de Bauru começa a ‘patrulhar’ meteoros e registra primeira imagem no mesmo dia

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Observatório da Unesp de Bauru começa a ‘patrulhar’ meteoros e registra primeira imagem no mesmo dia 09 janeiro 2022
Foto: Observatório de Astronomia da Unesp-Bauru

O Observatório de Astronomia da Unesp de Bauru (SP) passou a integrar na sexta-feira (7) uma rede nacional de patrulhamento de meteoros após a instalação de novos equipamentos.

No mesmo dia da instalação dos equipamentos e do início da coleta de dados, a nova estação captou sua primeira imagem, foto e vídeo, de um meteoro que riscou o céu de Bauru às 22h24 de sexta.

O Observatório Didático de Astronomia (ODA) da Unesp-Bauru firmou oficialmente a parceria em 2015 com a Brazilian Meteor Observation Network (Bramon) ou Rede Brasileira de Observação de Meteoros, mas apenas agora foi possível realizar a instalação de uma estação de coleta de dados.

O projeto do observatório é intitulado “Patricia” (Patrulhamento Investigativo do Céu por Imageamento Automático de Meteoros) e conta com alunas bolsistas e voluntárias de iniciação científica que fazem parte da equipe do observatório.

As alunas Helena Ferreira Carrara e Tainá Bueno de Andrade deverão ser treinadas e receber formação específica para realizar as análises das imagens capturadas dos meteoros com a nova câmera da estação recém-inaugurada.

“A importância desse tipo de equipamento é porque a posição de Bauru é privilegiada no sentido de poder trocar imagens com outras estações localizadas em vários pontos do estado e do Brasil. Esse tipo de monitoramento de meteoros fica mais preciso quanto mais câmeras houver espalhadas. E a nossa região estava carente de um ponto de monitoramento”, explica Rodolfo Langhi, coordenador do Observatório de Bauru.

Foto: Observatório de Astronomia da Unesp-Bauru/Divulgação

O patrulhamento dos meteoros pelo projeto “Patricia” acontece com câmeras que funcionam automaticamente, com a ajuda de um software específico, na captura de imagens e vídeos destes fenômenos durante a noite.

Como há diversas estações deste tipo por todo o território nacional, um mesmo meteoro pode ser filmado a partir de vários ângulos de vista diferentes, dependendo de em qual cidade a câmera está instalada.

“Ao triangular a filmagem do mesmo meteoro usando mais de uma estação, é possível obter dados importantes, tais como o horário exato da sua entrada na atmosfera, velocidade, altitude de início e término de emissão de luz, se houve explosão ou desintegração, e se ele pertence a uma chuva de meteoros conhecida ou se desprendeu-se de um cometa”, explica Langhi.

O professor diz ainda que, em caso de haver queda no solo, com os dados dessa triangulação é possível calcular com relativa precisão o local do impacto, possibilitando o resgate e a coleta física do meteorito. A rede da Bramon conta atualmente com 93 estações em 20 estados.

Fonte: Portal G1

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