‘Ninjas’ são flagrados tentando levar drogas e celulares a unidade prisional

Região
‘Ninjas’ são flagrados tentando levar drogas e celulares a unidade prisional 22 outubro 2022

Esta é a denominação de quem arremessa materiais aos presídios; dois foram detidos nas proximidades do CPP-2

Em meio a onda de casos de “barrigueiros” – presos que ingerem ilícitos para tentar introduzi-los em presídios -, uma outra estratégia foi flagrada por agentes de escolta e vigilância do Centro de Progressão Penitenciária 2 (CPP-2) ‘Dr. Eduardo de Oliveira Vianna’ de Bauru. Dois “ninjas”, como são chamados os indivíduos que arremessam materiais para dentro das prisões, foram detidos.

O primeiro suspeito foi abordado às 10h desta quinta-feira (20), em matagal nas imediações da unidade prisional. Com ele, a equipe localizou oito porções de maconha e uma pedra de crack.

Questionado por um dos policiais penais, o homem teria confessado que estava monitorando a rotina do estabelecimento penal para, futuramente, tentar introduzir os ilícitos no presídio.

DROGA AOS ‘BARRIGUEIROS’

No período da tarde do mesmo dia, por volta das 13h, funcionários que faziam a vigilância do CPP detiveram outro suspeito, que portava uma mochila contendo 159 invólucros de maconha e um tablete da mesma droga, oito porções de cocaína, um aparelho celular e um fone de ouvido.

Indagado, o homem relatou que havia recebido uma quantia em dinheiro para deixar o material nas imediações da unidade. O plano era que, posteriormente, na volta do trabalho externo, os detentos que atuam como “barrigueiros” ingerissem os entorpecentes e objetos eletrônicos, com a intenção de introduzi-los no estabelecimento penal.

SUCO DE UVA

Com o suspeito, a equipe localizou, ainda, suco de uva em pó, que também costuma ser ingerido pelos presos como forma de tentar burlar a inspeção do escâner corporal.

A direção do CPP-2 explica que se trata de uma técnica utilizada pelos “barrigueiros”, uma vez que a bebida em pó no organismo dificultaria a leitura do equipamento, o que, de acordo com a unidade prisional, não ocorre.

Em ambos os casos, os suspeitos foram encaminhados para a delegacia, para o registro de boletim de ocorrência (BO). Também foi instaurado um procedimento de apuração interna pelo presídio.

Fonte: JCNet

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